O BofA e Morgan Stanley vão auxiliar a Natura (NTCO3) na venda de participação da Aesop, sua marca de luxo. De acordo com fontes da Bloomberg, alguns dos interessados seriam a CVC Capital Partners, L´Occitane e Shiseido.
Para o Itaú BBA, o desinvestimento em Aesop poderia ser positivo para Natura porque desalavancaria o ativo, alinharia a gestão da Aesop e potencialmente traria o P/L de curto prazo para um valor em nível mais palatável.
Analistas acreditam que a disposição da Natura de avaliar a venda para um parceiro estratégico, em vez de adotar um potencial IPO, aumenta a probabilidade de uma conclusão do negócio dadas as atuais condições macroeconômicas desafiadoras, alegam Gabriela Moraes, Maria Clara Infantozzi e Thiago Macruz.
Dito isso, os parceiros estratégicos podem querer pagar menos pelo ativo, o que seria um risco a ser monitorado à frente, ressalta o Itaú BBA.
Analistas creem que o mercado avalia a Aesop em torno de R$ 8 bilhões, mas pode haver haver risco positivo ou negativo para esse número.
No entanto, veem uma importante oportunidade de desalavancagem para a Natura, mesmo que o negócio esteja em linha com esse valor (o que implicaria em aproximadamente 10x EV/EBITDA-2023).
O Itaú BBA mantém recomendação outperform para a Natura (NTCO3), com preço-alvo de R$ 17,00 por ação. Às 12:05 desta quarta-feira (30), os papéis subiam 0,96%, a R$ 11,62.