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Nubank (NUBR33): risco-recompensa de possuir ações ainda não está bom o suficiente, diz BTG

Embora os brasileiros ainda representem uma parcela ínfima da base acionária (menos de 5%, segundo o RI, informou no mês passado) analistas sentem que o número deve aumentar

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Em uma nota com revisões pontuais para o Nubank (NUBR33), analistas do BTG Pactual (BPAC11) enfatizaram que veem um crescente interesse na história da fintech entre investidores locais.

A avaliação se alinha ao que o banco de investimentos escreveu sobre o roxinho em dezembro de 2021, quando as ações do Nu estrearam nas bolsas do Brasil (B3) e de Nova York (NYSE), nos EUA, de que a marca “tinha praticamente tudo que uma fintech poderia desejar: uma marca amada, milhões de clientes engajados, um fundador aspiracional e uma incrível lista de acionistas”.

Embora os brasileiros ainda representem uma parcela ínfima da base acionária (menos de 5%, segundo o RI, informou no mês passado), os analistas sentem que isso deve aumentar. 

Em webcast, o IRO Jorge Friedemann sinalizou três pilares principais a serem explorados pelo Nubank (NUBR33) em 2023:

  • – i) acelerar o crédito pessoal e o crédito consignado;
  • – ii) aumento da penetração em segmentos de alta renda; e
  • – iii) impulsionar a NuCuenta no México e na Colômbia.

Os executivos mantêm sua crença de que o nome do jogo no banco digital se relaciona a eficiência de custos. Assim, a vantagem competitiva do Nu deve ser seus custos estruturalmente mais baixos: CAC (aquisição do cliente), CTS (custo de servir), custo de financiamento e custo de risco (ou seja, NPLs mais baixos).

Como tal, eles acreditam que o ROE do Nu pode ser substancialmente mais alto do que os incumbentes no longo prazo.

Ao fim do relatório, o BTG Pactual diz que nunca duvidou sobre o potencial lucrativo do roxinho e agora acredita que a maioria dos investidores locais pensa o mesmo.

Entretanto, pesa ainda na avaliação dos analistas o valuation da companhia. Eles veem o NU negociar a um preço muito exigente de 5x P/VP 2022 e dizem estar sobretudo preocupados com o tamanho da sua capitalização de mercado.

Ainda focado principalmente em indivíduos de baixa renda e com um número limitado de produtos, o BTG diz ter dificuldade em ver os lucros do NU como grandes o suficiente para justificar um aumento decente em seu valor de mercado atual.

Embora o Nu tenha surpreendido praticamente a todos desde o seu início o valuation atual já precifica o Nu com grande sucesso em novos produtos e nichos, escreveram os analistas. 

Com a deterioração do cenário macro do Brasil e altas taxas de juros esperadas por mais tempo, não acreditamos que o risco-recompensa de possuir as ações seja bom o suficiente, o que levou o BTG Pactual a manter recomendação neutra, ao preço-alvo de R$ 4.40.

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