Para a Órama Investimentos, as perspectivas para o terceiro trimestre da OceanPact (OPCT3) são de aumento substancial de receita.
A companhia mobilizou embarcações para 5 dos seus 6 novos contratos com a Petrobras (PETR3)(PETR4), o que implica em menor taxa de utilização, destaca o analista Phil Soares.
Somado ao cronograma mais intenso de manutenção, houve, no trimestre, uma utilização na casa dos 75%, 8 p.p. abaixo do trimestre anterior.
Com isso, a receita fechou o trimestre R$ 40 milhões abaixo do trimestre anterior. As projeções são devidas tanto ao aumento na utilização quanto ao aumento da tarifa média.
A rubrica de custos fechou o trimestre R$ 20 milhões abaixo do número do trimestre anterior, devido também à menor taxa de utilização. Mesmo assim, o resultado operacional foi negativo em R$ 15 milhões, contra um desempenho próximo de zero no primeiro trimestre.
O pagamento de juros e encargos ficou em linha com o trimestre anterior. Já a rubrica de variação cambial foi de R$ 46 milhões positivo, para R$ 28 milhões negativo, o que deteriora o resultado financeiro.
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Soares salienta que os contratos da empresa, bem como o valuation das suas embarcações, são denominados em dólar. Portanto, essa dívida em dólar age como hedge natural.
Essa marcação à mercado da dívida, desta forma, tem como contrapartida um aumento nas receitas futuras, via aumento do dólar, não refletido nas demonstrações financeiras, diz o analista.
Desde o fim do ano passado, a Oceanpact tem observado bids mais agressivos nos contratos, e nesses últimos meses esta tendência se acentuou, pontua Soares.
O momento para a indústria de petróleo foi de aumento nos investimentos, tanto no pré sal quanto nos campos maduros, que têm trocado de mãos.
O Brasil deve receber dezessete novas plataformas de petróleo (FPSOs) até 2025 – cada uma destas demanda cerca de 3 PSVs para operação. Globalmente, os estaleiros reduziram a sua capacidade, e o custo de produção de novas embarcações tem subido com a alta no preço das commodities, em especial do aço.
Com uma oferta limitada e demanda crescente, a Órama Investimentos avalia um momento favorável para a indústria como um todo e para a OceanPact nos próximos anos.
Ipê Investimentos
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