As ofertas no mercado de capitais atingiram R$ 20,71 bilhões em janeiro, distribuídos em 166 emissões, segundo dados da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
Esse volume presenta uma queda de 22% na comparação com o mesmo mês do ano passado, enquanto a quantidade de operações cresceu 41,9%, o que indica o interesse em diversos setores.
As debêntures lideraram, registrando R$ 8,28 bilhões, uma redução de 55,7% no confronto com igual período do ano anterior.
O prazo médio dos papéis ficou em 5,9 anos e, considerando apenas as debêntures incentivadas, esse tempo é ainda maior (9,2 anos).
Na análise da destinação dos recursos, 23,4% foram para investimentos em infraestrutura e 12,5% para gestão ordinária.
“O atual cenário de queda dos juros é um catalisador importante para impulsionar o crescimento e a atividade no mercado de capitais ao longo do ano. Com taxas mais baixas, os investidores tendem a diversificar mais, olhando prazos, instrumentos e riscos alternativos”, afirma Guilherme Maranhão, presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da ANBIMA.
Nos instrumentos de securitização, as ofertas de CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) totalizaram R$ 3,59 bilhões, com aumento de 283,9% ante janeiro de 2023.
Já os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) tiveram um crescimento de 34,2%, somando R$ 2,96 bilhões, e os CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) registraram uma expansão de 110,9%, atingindo R$ 1,52 bilhão.
Nos produtos híbridos, os FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário) se destacaram em janeiro, alcançando R$ 3,1 bilhões, mais do que o dobro (103,4%) do montante contabilizado no mesmo mês do ano anterior.