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Pão de Açúcar (PCAR3): vale a pena investir nas ações em meio a potencial separação do Grupo Éxito?

A transação consiste em disponibilizar quatro ações do grupo (ADRs/BDRs) para cada ação PCAR3, o que levaria a uma redução da participação do GPA de 96,5% para 13,0% na operação colombiana

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Na segunda-feira (5), o Grupo Pão de Açúcar (GPA)(PCAR3) informou em fato relevante que pretende fazer o spin-off da operação do Grupo Éxito.

A transação consiste em disponibilizar quatro ações do grupo (ADRs/BDRs) para cada ação PCAR3, o que levaria a uma redução da participação do GPA de 96,5% para 13,0% na operação colombiana (definida com base em uma desalavancagem desejada pelo grupo) depois que a transação for concluída.

Com a potencial conclusão da transação, o total de ações em circulação do Grupo Éxito passaria a ser de cerca de 53,0%, dos atuais 3,5%.

A empresa havia pensado ainda em um programa de ações que permitia com que todo acionista brasileiro possa deter BDRs do Éxito sem nenhuma restrição regulatória.

O GPA mencionou que seus planos de conduzir outros desinvestimentos para trazer liquidez e desalavancagem para o ativo brasileiro incluem:

(i) venda dos 13,0% restantes do Grupo Éxito, uma vez que as condições de mercado sejam mais favoráveis; e

(ii) venda dos 34,0% da sua participação na Cnova.

Em relatório, a XP reiterou que vê desafios consideráveis no processo de monetização da Cnova e, portanto, não adiciona esse potencial de valorização em seu modelo.

Embora acreditem que a cisão possa destravar valor através de uma potencial reclassificação dos ativos e veem que a operação deixa o negócio com uma estrutura simplificada e adequada para ser analisada, a liquidez do papel na Colômbia permanece como um risco, enquanto o potencial de valorização pode ser mais limitado quando analisado do ponto de vista de preço por lucro.

Em razão disso, a XP mantém recomendação neutra para o papel, com preço-alvo de R$ 25,00 (de R$ 23,00 anteriores). 

O novo preço-alvo incorpora ajustes finos nas estimativas de EBITDA em +1% e +3% para 2022-23e, respectivamente, enquanto há revisões mais relevantes no lucro por conta do efeito positivo da antecipação dos recebíveis no resultado financeiro.

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