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A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) iniciou um processo de investigação sobre a PDG Realty (PDGR3), incorporadora que anos atrás foi a maior do setor no Brasil e passou por recuperação judicial.
A autarquia busca esclarecer as informações divulgadas pela companhia e identificar eventuais irregularidades após um episódio controverso que envolvem uma suposta proposta de aquisição pela empresa Sun Hung Kai Properties (SHKP), de Hong Kong.
A PDG Realty (PDGR3) divulgou que recebeu uma oferta não vinculante da SHKP no valor de US$ 29,6 milhões (cerca de R$ 171,6 milhões). Logo após o anúncio, o preço das ações PDGR3 na B3 dobrou, de R$ 0,01 para R$ 0,02, um aumento de 100%.
A valorização gerou desconfiança no mercado, uma vez que as ações da PDG possuem baixa liquidez.
SHKP negou a oferta e suspeitas recaem sobre a PDG Realty (PDGR3)
Após a repercussão do caso, a SHKP negou ter feito qualquer proposta oficial pela PDG Realty. O fato levou a CVM a investigar a situação, e analisar os documentos e comunicados emitidos tanto pela companhia quanto pela mídia. Se forem identificadas irregularidades, o órgão regulador pode instaurar um processo sancionador.
A PDG Realty declarou que apura a origem da correspondência que mencionava a proposta de aquisição e reforçou que os contatos com o emissor da correspondência foram apenas preliminares.
Dificuldades financeiras
Desde sua recuperação judicial, a PDG Realty (PDGR3) tem enfrentado dificuldades para retomar lançamentos e manter suas operações. Em 2024, a companhia registrou vendas líquidas de R$ 116 milhões e um prejuízo líquido de R$ 410 milhões até setembro.