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Petrobras (PETR3)(PETR4): 5 razões pelas quais investidores americanos gostam tanto da empresa

Política de dividendos deve permanecer sólida no curto prazo e continuar a impulsionar as ações

- Fernando Frazão/Agência Brasil
- Fernando Frazão/Agência Brasil

Na semana passada, analistas do Bradesco BBI estiveram em quatro cidades dos Estados Unidos e participaram de um total de 24 reuniões.

Em relatório, Ricardo França e Vicente Falanga dizem que fazia tempo que não viam fundos americanos tão positivos sobre (e posicionados na) Petrobras (PETR3)(PETR4), com 90% do tempo das reuniões destinado à discussão da estatal.

De acordo com eles, 10%  do tempo restante foi dividido entre discussões sobre Prio (PRIO3), Vibra (VBBR3) e demais empresas. França e Falanga alegam que, geralmente, as reuniões costumam ser um pouco mais equilibradas entre as empresas.

Analistas são categóricos em dizer que a Petrobras tem sido o destaque dos mercados de valor, com a excelente geração de fluxo de caixa da empresa
que torna praticamente impossível que os dividendos desapareçam no curto prazo.

A política de dividendos da empresa (que deve ser apresentada ao conselho de administração em julho) deve permanecer sólida no curto prazo e
continuar a impulsionar as ações no período.

Uma vez que as ações da Petrobras se acomodem aos níveis de dividend yield (DY) que o mercado julga justos (12-15%, em nossa opinião), notícias
incrementais para a tese de investimento (referente à alocação de capital) começarão a se deteriorar, acreditam França e Falanga.

O Bradesco BBI listou as cinco principais razões pelas quais os investidores americanos gostam da petroleira nacional:

Escassez de valor

Os fundos em mercados emergentes estão com poucas opções de energia líquida. A Lukoil deixou o MSCI, e a maioria dos analistas está bastante negativo em relação à China, no que evitam assumir uma posição nas principais empresas de lá.

O que resta são a Petrobras e a Aramco, e a Aramco parece ter uma tese de investimento bastante monótona, com um rendimento de dividendos na casa de um dígito.

Enquanto isso, há pouco interesse na Colômbia e na Argentina, por enquanto.

Posição subalocadas na Vale

Há um temor considerável sobre uma potencial desaceleração na China. 

O Bradesco BBI foi representado em várias reuniões pelo analista de Mineração e Siderurgia, Thiago Lofiego, e quase todos os fundos com os
quais conversou estavam subalocados na Vale, apesar de um dividend yield bastante atrativo de 13,0% (com recompras).

Isso fez com que os fluxos se concentrassem na Petrobras.

Pouco interesse em casos de crescimento por enquanto

Os investidores não estão prontos para entrar em histórias de crescimento (como Prio)(PRIO3), dada a baixa previsibilidade sobre o que deve acontecer com as taxas do tesouro dos EUA.

O interesse por Prio diminuiu desde a última vez que analistas do Bradesco BBI foram aos EUA, em outubro de 2022 e fevereiro de passado. Logicamente, isso também se deve à incerteza sobre o cenário do petróleo em uma possível desaceleração na China.

Como resultado, os investidores ainda preferem alocar sua exposição de energia em apostas mais seguras de valor e alternativas sólidas de dividendos previsíveis.

Desempenho gerencial acima do esperado

Em geral, os investidores sentem que a Petrobras tem uma política de preços “ok” (cuja eficácia ainda não foi testada em cenário de estresse), com a probabilidade de um fluxo sólido de dividendos.

Alguns investidores entendem que a alocação de capital deve se deteriorar marginalmente ao longo do tempo, mas essa não deve ser uma preocupação importante para os próximos doze meses.

A principal preocupação: o novo plano de investimentos (CAPEX)

A pergunta mais recorrente era sobre a visão do Bradesco BBI de quanto o CAPEX de cinco anos deve aumentar e quais novos projetos devem ser adicionados.

Analistas estimam inicialmente que o plano deve aumentar de US$ 78 bilhões para cerca de US$ 100 bilhões para se adequar à narrativa de transição, mas provavelmente com aumentos anuais mais atrasados.

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