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Petrobras (PETR3)(PETR4): conselho deixa 'porta aberta' sobre dividendos extraordinários, diz site

Segundo fontes do Valor Econômico, a AGE de abril pode ratificar a proposta do conselho e direcionar os recursos para a reserva de capital ou optar pelo pagamento

- Arquivo/Agência Brasil
- Arquivo/Agência Brasil

O conselho de administração da Petrobras (PETR3)(PETR4) deixou a “porta aberta” sobre a destinação dos recursos destinados à reserva de capital, disseram fontes ao Valor Econômico.

Na quinta-feira (7), o colegiado decidiu, por maioria, não pagar dividendos extraordinários relativos ao quarto trimestre de 2023 e direcionar R$ 43 bilhões para uma reserva de capital aprovada em assembleia de acionistas da companhia no passado.

Agora a destinação para a reserva de capital precisará passar pelo crivo dos acionistas em assembleia-geral ordinária (AGO) marcada para 25 de abril.

Fontes disseram ao veículo que existem algumas possibilidades na reunião dos investidores da companhia no próximo mês. A assembleia pode ratificar a proposta do conselho e direcionar os recursos para a reserva de capital ou optar pelo pagamento do dividendo extra.

De acordo com as fontes, se a alternativa for pela destinação para a reserva o dinheiro iria para o caixa geral da empresa e poderia vir a ser usado para investimentos, como quer o governo.

A diretoria da Petrobras negou, na semana passada, que o dinheiro da reserva possa ser usado para investimentos.

Na assembleia, porém, pode haver discussões sobre o tema.

A Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), que representa a União, pode acatar ou não a decisão do conselho de administração da estatal, disseram fontes.

Segundo esses interlocutores, o colegiado da estatal já havia indicado na própria quinta-feira que estudaria mais detalhadamente o assunto da destinação dos dividendos.

Ao comentar os resultados contábeis da Petrobras no quarto trimestre, na sexta-feira (8), o diretor financeiro e de relações com investidores da empresa, Sérgio Caetano Leite, descartou a possibilidade de incorporar os R$ 43 bilhões ao capital social da companhia ou usar o dinheiro para reversão de prejuízos.

Ambas as possibilidades, segundo ele, estão previstas em normas contábeis, mas a diretoria da Petrobras não considera seguir por esse caminho.

Os diretores da Petrobras reiteraram ainda, na sexta-feira (8), que a reserva de capital será destinada exclusivamente para pagamento de dividendos, mas reconheceram que essa é uma decisão da assembleia.

Leite disse ainda que a reserva de capital sequer faz parte do balanço de 2023, uma vez que a AGO precisará aprovar a destinação dos recursos.

As informações são do Valor Econômico.

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