Jean Paul Prates, presidente da Petrobras (PETR3)(PETR4), disse que a venda da Refinaria Landulfo Alves (RLAM) no governo de Jair Bolsonaro (PL) está sob avaliação da estatal, em diálogo com os órgãos de controle.
A declaração de Prates, feita no X – ex Twitter, na última sexta-feira (5), surge após a Controladoria-Geral da União (CGU) identificar fragilidades no processo que levou à venda do ativo em 2021 para o fundo Mubadala, dos Emirados Árabes Unidos.
"É importante esclarecer que já há procedimento administrativo instaurado para avaliação desse negócio específico, sob apreciação das áreas de integridade pertinentes na companhia", comentou o CEO da petroleira.
A princípio, entre outras coisas, o relatório da CGU apontou ter havido diferença expressiva entre o menor valor e o maior valor atribuído à RLAM pela avaliação econômico-financeira, motivo pelo qual a tomada de decisão sobre as ofertas não poderia ter sido tomada somente com base nas projeções de preços de petróleo e margens de refino.
Por isso, a controladoria avalia que a gestão de Bolsonaro vendeu a refinaria por um preço abaixo do valor de mercado.
Nesse sentido, Prates afirmou que as conclusões dos órgãos de controle, entre outras instituições de fiscalização e investigação, pautarão a atuação da empresa, e são cruciais para a preservação do patrimônio público e privado que representa a Petrobras.
"A legitimidade do controle externo de fiscalizar as atividades da Petrobras é indiscutível e necessária, compondo o sistema de governança que protege a empresa", destaca o executivo.