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Petrobras (PETR3)(PETR4): O que pode mudar na política de dividendos daqui para a frente?

Os acionistas da estatal aprovaram a retenção de R$ 6,5 bilhões da segunda parcela dos dividendos referentes ao quarto trimestre de 2022

Fachada Petrobras no Rio de Janeiro - Reuters
Fachada Petrobras no Rio de Janeiro - Reuters

Os acionistas da Petrobras (PETR3;PETR4) aprovaram nesta quinta-feira (27), em assembleia, a retenção de R$ 6,5 bilhões da segunda parcela dos super dividendos referentes ao quarto trimestre de 2022. 

A proposta de reduzir os dividendos partiu da União, acionista majoritária representada pelo governo federal. Com a retenção, a estatal deve pagar agora R$ 35,8 bilhões, que serão divididos em três parcelas. 

A primeira será em 19 de maio (R$ 17,9 bilhões), a segunda em 16 de junho (R$ 11,4 bilhões) e a terceira e última em 27 de dezembro (R$ 6,5 bilhões). 

Na análise do Itaú BBA, a redução de dividendos no quarto trimestre de 2022 (R$ 0,50/ação) já era esperada, e, impulsionou o desempenho recente das ações nas últimas semanas.

Os analistas ressaltam que os investidores esperavam que o valor fosse pago antes da data anunciada de dezembro. "De agora em diante, esperamos que as discussões sobre políticas de dividendos e preços aqueçam", apontam. 

Há uma expectativa do mercado sobre possíveis mudanças na política de dividendos, que devem ser divulgadas no comunicado de resultados do primeiro trimestre de 2023. 

O Itaú BBA vai além, acreditando ser provável que a empresa escolha por suspender a atual política de dividendos e seguir a política estatutária até que a nova administração possa ter mais clareza sobre o próximo
Plano Estratégico e decidir sobre uma nova ordem de proventos.

A instituição segue com classificação marketperform para as ações PETR4, com preço-alvo de R$ 27,00. Nesta sexta-feira (28), as ações avançavam 2,34%, a R$ 23,81, por volta de 10:18. 

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