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Petrobras (PETR3)(PETR4): três pontos que tranquilizam investidores sobre nova política de preços

Na terça-feira (16), o CFO da estatal, Sergio Leite, realizou uma teleconferência para aprofundar a discussão sobre a nova política comercial

- Arquivo/Agência Brasil
- Arquivo/Agência Brasil

Na terça-feira (16), o CFO da Petrobras (PETR3)(PETR4), Sergio Leite, realizou uma teleconferência com investidores para aprofundar a discussão sobre a nova política comercial da empresa.

Para os analistas Vicente Falanga e Ricardo França, analistas de Ágora Investimentos e Bradesco BBI, os pontos a seguir foram os destaques da reunião:

  • – o preço vai funcionar dentro de uma faixa definida pelo “custo alternativo do consumidor” (CAC) e pelo custo marginal da Petrobras

O “custo alternativo do consumidor” (CAC) basicamente define-se como o preço que os consumidores recebem de um fornecedor alternativo. Ou seja, importadores ou Mubadala, na Bahia.

Leite declarou que a estatal sempre vai buscar superar a melhor alternativa de oferta para os consumidores.

Em termos de custo marginal da Petrobras, Falanga e França entendem que o custo do petróleo bruto para as refinarias brasileiras (referenciado em Marlim, Búzios e outros ) somado a um custo de refino tende a ficar em torno de US$ 2,00 por barril, a depender da capacidade de utilização de cada refinaria.

  • – quaisquer que sejam as variáveis macroeconômicas, a Petrobras nunca deve vender combustível abaixo de seu custo marginal de petróleo bruto + custo de refino (como fez em governos anteriores).
  • – Falanga e França entendem que a Petrobras pode oferecer diferentes condições de pagamento entre os players

Como parte de sua estratégia de ganhar mercado, a Petrobras não vai poder discriminar preços dentro dos clusters regionais, mas sim oferecer melhores condições de pagamento aos players.

Isso deve ajudar a empresa a conquistar participação de mercado, independentemente de sua estratégia de preços, de acordo com os analistas.

Recomendações

Falanga e França gostam que, na nova estratégia comercial, a Petrobras se esforce para não vender combustível abaixo do custo marginal como fazia no passado.

Dito isto, ponderam que as políticas apenas são submetidas a teste em cenários de stress.

A política comercial da Petrobras, especialmente no que diz respeito à parte inferior da faixa (a custo marginal), só vai provar sua eficácia se as variáveis macroeconômicas (como petróleo, câmbio e spreads de crack) estiverem em alta, ou seja, quando as variáveis aleatórias começam a exercer sua influência. Talvez essa política nunca seja posta à prova.

Contudo, consideram ser certo que essa gestão não parece disposta a comprometer a saúde financeira da Petrobras.

Por fim, parece aos analistas que outro vencedor vai ser o segmento de distribuição de combustíveis.

Além de ter uma volatilidade de preço muito menor (o que implica em menores flutuações de estoque, menores perdas de hedge e maior volatilidade de margem), os players maiores provavelmente poderiam ter condições de pagamento diferenciadas, o que deve contribuir para o capital de giro e a desalavancagem.

O nome preferencial de Ágora Investimentos e Bradesco BBI no setor de distribuição de combustíveis permanece a Vibra (VBBR3) (recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 24,00 por ação).

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