Na última segunda-feira (15), a diretoria executiva de Petrobras (PETR3)(PETR4) aprovou uma nova estratégia comercial para definição de preços de diesel e gasolina, em substituição à política de preço de gasolina e diesel (PPI) comercializados por suas refinarias, informou a estatal nesta terça-feira (16).
A estratégia comercial usa referências de mercado como o custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação, e o valor marginal para a Petrobras.
Para o Bradesco BBI, a nova "fórmula" defendida pela gestão da estatal, como já era de se esperar, foi altamente subjetiva.
De acordo com os analistas Vicente Falanga e Gustavo Sadka, se as variáveis macroeconômicas atuais como câmbio, preços do petróleo e crack spreads permanecerem como estão, espera-se que haja poucas mudanças nos preços.
Se as variáveis macroeconômicas forem estressadas para cima, contudo, a Petrobras vai atravessar volatilidade para o mercado interno, já que tem caixa de sobra na mesa.
Os preços podem cair ligeiramente abaixo da paridade do Golfo dos EUA? Sim. Isso seria desastroso para a empresa? Não.
De acordo com Falanga e Sadka, ao mesmo tempo, se por algum motivo – numa hipótese, uma outra guerra -, os preços do petróleo explodirem, o dinheiro
vai ficar na mesa.
Isso seria desastroso para a empresa? Não. A Petrobras desponta como exportadora líquida de petróleo.
A estratégia comercial fez com que analistas reiterassem sua classificação neutra para os papéis da estatal, com preço-alvo de R$ 26,00 para os papéis preferenciais.