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Petrobras (PETR4): não adianta dar "murro em ponta de faca". O que isso quer dizer?

Genial Investimentos rebaixou a recomendação para manter os papéis, com aumento da percepção de risco político em relação a empresa

- Fernando Frazão/Agência Brasil
- Fernando Frazão/Agência Brasil

Sobre a Petrobras (PETR4), não adianta dar “murro em ponta de faca”, disse a Genial Investimentos. Na quinta-feira (15), a corretora rebaixou a recomendação de “compra”  para “manter” os papéis, ao preço-alvo de R$ 30,00, com aumento da percepção de risco político em relação a empresa.

Essencialmente, o fluxo de notícias do governo eleito (mudança nas Lei das Estatais, sinais de controvérsia em relação ao plano estratégico recém-apresentado…) traça uma orientação de negócios que analistas julgam negativo para tese da empresa.

Nada que não já esperavam no que diz respeito a nova orientação dos negócios da empresa, mas ainda havia dúvidas em relação a intensidade da nova orientação.

Ou seja, o quão rapido seria a migração de um ponto ao outro.

Na leitura da corretora, a alteração da lei das estatais significa a queda do que chamavam de “linha de defesa” dos interesses dos acionistas minoritários em relação ao que julgam positivo do ponto de vista da orientação dos negócios da empresa.

E por último: não adianta insistir em um case que corre o risco de passar a não se apropriar do atual ciclo dos preços do petróleo, principalmente com opções que enxergam mais interessantes (como 3R Petroleum – RRRP3 e PetroRio – PRIO3).

Aos atuais níveis de preço, veem a empresa negociada a apenas 2x EV/EBITDA 23E e com uma geração de caixa/valor de mercado de aproximadamente 38%.

Se supormos o dividendo mínimo de 25% do lucro esperado para 2023, o rendimento em dividendos seria de 9,0%.

Ou seja, o caso ainda aguenta muito desaforo e erros por parte do acionista controlador (a.k.a. governo federal).

A Genial diz que seus analistas se sentiriam confortáveis em manter uma recomendação mais otimista na empresa, mas lembra que o ciclo que a empresa está exposto deve durar até, pelo menos, 2026.

No momento, projetam que as demais petroleiras em sua cobertura já vão ter multiplicado a sua produção em múltiplas vezes, caso os seus respectivos planos de redesenvolvimento sejam bem sucedidos.

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