A Porto (PSSA3) fechou o primeiro semestre deste ano com lucro recorde de R$ 1,04 bilhão, um avanço de 238,8% em comparação aos ganhos apurados no mesmo período do ano passado.
Para o final do ano, a Genial Investimentos estima que a companhia apure entre R$ 2,2 a 2,4 bilhões e, nesse sentido, reitera recomendação de compra com preço-alvo de R$ 34,70 por papel.
“Tipicamente, o segundo semestre é mais forte que o primeiro, portanto, um lucro entre R$ 2,2 a R$ 2,4 bilhões nos parece razoável. Provavelmente, iremos ver revisões de 10 a 20% no lucro da empresa concentrados nos próximos trimestres”, afirmam Eduardo Nishio, Wagner Biondo, Lorenzo Giglioli e Eyzo Lima, analistas da casa.
No entanto, em agosto, as ações da Porto caíram cerca de 10%, da faixa de preço de R$ 29,00 para R$ 26,00, o que, na opinião do quarteto, muito se deve ao medo de que a companhia tenha batido o pico do ciclo e a saída de investidores estrangeiros.
“De fato, acreditamos que dependendo do lucro obtido este ano, o crescimento de 2024 fica um pouco mais difícil, mas na nossa visão, ainda há espaço, principalmente porque a competição no seguro auto nos parece estruturalmente mais racional”, destacam.
De acordo com a companhia, os preços do seguro Auto seguem em patamares saudáveis, e como os preços de automóveis da tabela FIPE caíram cerca de 4,0 p.p. este ano, surge o espaço para rentabilidade.
“A Porto continua aumentando sua frota de automóveis segurados, sobretudo fora da região de São Paulo. A indústria de seguro auto é bem competitiva e o risco é sempre de uma concorrente baixar o preço demais, roubar market share e destruir margem”, salientam os analistas.
Para eles, a competição no mercado de seguro Auto está em um período estruturalmente mais racional, mesmo com a rentabilidade da indústria melhorando esse ano devido os juros em queda, a consolidação de mercado auto e a reconstituição de capital.
Na primeira metade deste ano, as ações da Porto apresentaram alta de 12,48% cotados a R$ 27,03. Atualmente, por volta das 10h35 desta terça-feira (19), os papéis operam em alta de 0,074% a R$ 27,05.