Recomendações

Quais são os melhores investimentos em renda fixa com a eleição de Lula para a Presidência?

Petista retorna ao Palácio do Planalto doze anos após deixá-lo e suas sinalizações políticas já mexem com os ânimos do mercado, mesmo antes da efetivação de sua posse

Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente eleito - Rovena Rosa, para a Agência Brasil
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente eleito - Rovena Rosa, para a Agência Brasil

Para o mês de novembro de 2022, a Genial Investimentos reformulou sua carteira recomendada de investimentos em renda fixa, de olho na eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência da República.

O petista retorna ao Palácio do Planalto doze anos após deixá-lo e suas sinalizações políticas já mexem com os ânimos do mercado, mesmo antes da efetivação de sua posse, marcada para o dia 1° de janeiro de 2023.

Os analistas André Fialho e Ygor Araújo escrevem que os principais focos do novo governo estarão em uma politica fiscal mais expansionista.

Algumas medidas já anunciadas, como a PEC da Transição, que busca uma licença bilionária para gastos sociais, já acirra os ânimos. Nesta quinta-feira (17), o Ibovespa recuava 2,05%, aos 107.982 pontos, por volta de 11:50, em clara reação negativa à iniciativa. 

A não indicação de um futuro(a) ministro(a) da Fazenda impacta negativamente as curvas de juros, e eleva ainda mais as incertezas perante os rumos das contas públicas. Seria a hora de investir mais em renda fixa do que em variável ou procurar equilibrar a carteira com ativos de ambas? 

De volta a recomendação, no exterior, Fialho e Araújo destacam que a inflação norte-americana de outubro veio mais positiva do que o esperado pelo mercado, e a China flexibilizou a politica de lockdown devido aos casos de Covid-19, em uma melhoria suave às perspectivas para a atividade do gigante asiático, que patinava nos últimos meses.

Eles reforçam a necessidade de investidores estarem atentos às sinalizações do Federal Reserve, aos números da inflação acumulada nos Estados Unidos, além dos movimentos dos juros na Zona do Euro.

Recomendações

Títulos pós-fixados, prefixados e indexados à inflação

Indexados ao CDI

Os títulos indexados ao CDI continuam a garantir tranquilidade para absorver os choques no curto prazo, com possibilidade de aproveitar taxas ainda mais atrativas caso a percepção se deteriore, de acordo com os analistas

Por ora, as projeções apresentadas indicam que essa classe vai se manter atrativa também no ano de 2023. Com uma inflação projetada pelo mercado na casa dos 5%, isso gera um ganho real de quase 8% – extremamente relevante, pontuam Fialho e Araújo.

Títulos pré-fixados

O que permeia uma decisão de alocação nos títulos pré-fixados: avaliar se a inflação que o mercado projeta nos títulos públicos para os próximos anos vai ser mais baixa do que está precificado atualmente.

Além disso, necessita haver alguma previsibilidade com relação a dinâmica de atividade e inflação. Com pouca certeza em relação aos gastos públicos que serão adotados pelo próximo governo, alocar em títulos pré fixados perde atratividade, com isso, a Genial Investimentos reduziu a exposição a eles neste momento.

Indexados à inflação

A Genial Investimentos aumentou sua exposição em indexados à inflação, reflexo da melhora do cenário de carrego de IPCA e das taxas ainda elevadas como ponto de entrada. Como consequência da instabilidade com relação a politica economica, analistas mantiveram as durations até no máximo a NTN-B, com vencimento em 2030.

Composições

Analistas da Genial Investimentos retiraram do portfólio as alocações nas debêntures de Unidas (LCAM3) e Minerva (BEEF3), devido a redução da duration da carteira no segmento de indexados ao IPCA.

Nos pré-fixados, reduziram os pesos de todos os ativos em todas as carteiras, e adequação ao cenário econômico muito incerto para os próximos meses.

Conservadora:

Moderada:

Arrojada:

*Taxas indicativas são referentes ao dia 14 de novembro e podem sofrer variações, avisa a Genial Investimentos.

*A retirada de um ativo da carteira não necessariamente significa que haja necessidade de venda do mesmo no mercado secundário. A saída do ativo leva principalmente o ponto de entrada em consideração.

Veja a carteira completa aqui.

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