Royalties

Hurst adquire direitos de 766 composições de Axé

A partir de fevereiro, os investidores terão mais uma oportunidade de investir em royalties musicais; o catálogo possui músicas como "A Nova Loira do Tchan", "Vai sacudir vai abalar"

-
-

A partir de fevereiro, os investidores terão mais uma oportunidade de investir em royalties musicais. A Músicas do Brasil, braço musical da Hurst Capital, originou os direitos aos royalties de 766 obras e 257 fonogramas de sucessos do axé baiano.

A projeção é que a operação gere retorno médio de IPCA + 15,17% ao ano, líquido de fees e bruto de impostos, com um múltiplo de 1,59x em um prazo de 48 meses. O valor mínimo para investimento é de R$ 10 mil.

Os sucessos são composições de Pierre Onassis e de Dito de Carvalho. O catálogo de ambos possui músicas bastante conhecidas como "A Nova Loira do Tchan”, “Vai sacudir vai abalar”, “Dança da cordinha”, ”Canto ao pescador”, “Samba Juliana”, ”Festa na cidade”, entre outras. Além dos clássicos mencionados, esta operação de investimento conta as obras famosas em outros segmentos como “Tindolelê” e “Ilariê”, interpretadas pela Xuxa, e “A Grande Família", famosa na voz de Dudu Nobre como abertura do seriado homônimo.

“O axé é um gênero que o brasileiro procura muito na internet. E o Brasil tem uma margem grande de crescimento nas plataformas de streaming musical. Somos aproximadamente 210 milhões de brasileiros e segundo dados do Spotify o Brasil terminou 2019 com 11,8 milhões de assinantes de serviços licenciados de streaming de música”, comenta o CEO da Hurst, Arthur Farache.

O Brasil é o segundo país que mais gasta tempo em frente a apps de vídeo, com mais de 20 bilhões de horas assistindo a vídeos em serviços de streaming. “E como os brasileiros são os que mais escutam sua própria música dentre todos os países, pode-se dizer que a receita de músicas brasileiras tende a aumentar, o que é bom para os investidores”, acrescenta Farache.

A Músicas do Brasil já adquiriu direitos de diversas canções e composições da MPB, rock nacional, funk e sertanejo. A operação anterior, em setembro de 2021, originou os direitos aos royalties de 730 obras e 568 fonogramas de titularidade de Chrystian Lima e de Ivo Lima, conhecidos representantes do forró nacional.

A estrutura de capital da Músicas do Brasil é suportada pelos seus ativos em carteira, ou seja, o seu catálogo de músicas – que já possui mais de 20 mil obras e fonogramas, com grande diversificação por público e gênero musical.

A Hurst, plataforma especializada em ativos alternativos do Brasil, é pioneira também neste segmento de royalties musicais. As primeiras operações tiveram início em 2019 e o interesse nesse tipo de investimento tem crescido desde então. Apesar de ser um segmento novo no País, os royalties musicais são bem conhecidos no exterior. 

Mercado

Dados do relatório anual da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI) mostram que a receita total do mercado mundial de música gravada cresceu 7,4%, subindo para US$ 21,6 bilhões em 2020. É o sexto ano de crescimento consecutivo. A receita de streaming atingiu US$ 13,4 bilhões, respondendo por mais da metade do faturamento (62,1%).

Ao todo havia cerca de 443 milhões de usuários de serviços de streaming pagos no final de 2020, sendo a América Latina a região que mais cresceu, 15,9%.

O Brasil, por sua vez, registrou um incremento de 37,1% em streaming e de 24,5% no geral. Para se ter ideia, durante 2020, apesar dos prejuízos causados pela pandemia de Covid-19, o ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), arrecadou e repassou R$ 947,9 milhões a compositores, intérpretes, músicos e editoras.

Sair da versão mobile