Em relatório publicado na última quarta-feira (24), a XP Investimentos saudou a prestação de contas de Raízen (RAIZ4) em Investor Day, sobre o que está em linha com o plano do IPO (sigla em inglês para oferta inicial pública de ações) e o que frustrou as expectativas, como o atual nível de produtividade agrícola (prioridade atual top 1).
Analistas disseram ver potenciais catalisadores no curto prazo como captura de valor em ganhos de produtividade agrícola, alocação de capital e desinvestimentos, mas declaram que, além das preocupações com o risco de execução (R$ 11,9 bilhões em impostos recuperáveis), outros fatores podem manter os investidores céticos como a mudança repentina no ritmo de crescimento dos projetos de biogás.
A administração avalia opções de reciclagem de portfólio (non-core), o que pode ajudar a diminuir as preocupações dos investidores com alavancagem, de acordo com Leonardo Alencar e Pedro Fonseca, que assinam o relatório.
A empresa reforçou sua meta de DFL/EBITDA de 1,6x-1,8x, e projetou que os investimentos devem diminuir após os anos de 2024 e 2025, com manutenção em um nível mais baixo.
Eles veem a Raízen como provavelmente a empresa brasileira mais bem preparada para aproveitar a atual tendência mundial de transição energética.
Nesse sentido, a XP Investimentos reiterou sua recomendação de compra para as ações de Raízen (RAIZ4), com preço-alvo de R$ 7,10 – o que implica em um potencial de valorização de 103,44% sobre os papéis.