A Rede D’Or (RDOR3) encerrou o segundo trimestre com 11.046 leitos (+14,9 a/a), com a taxa de ocupação em 82,6% (0,4 p.p. vs 2T21).
O volume de atendimento foi de 707,0 mil (+12,5% a/a), e segue a tendência de recuperação desde o 2T20.
Ainda, a receita bruta da companhia atingiu R$ 6,52 bilhões (+11,1% a/a e +9,1% t/t), com destaque para o bom desempenho em Oncologia (+31,4% a/a e +16,4% t/t).
No trimestre, o ticket médio atingiu R$ 9.224 (-1,3% a/a), impactado pelo perfil de tratamentos, dado o menor número de pacientes graves do Covid-19, mas estável ante o trimestre anterior.
Já o lucro bruto totalizou R$ 1,37 bilhão (+5,5% a/a e +25,0% t/t), com a margem bruta em 23,7% (-1,3 p.p. vs. 2T21), com crescimento dos custos acima da receita líquida dado o impacto dos M&As e do crescimento no volume de pacientes-dia e procedimentos cirúrgicos.
No operacional, o EBITDA totalizou R$ 1,44 bilhão (+15,5% a/a e +26,0% t/t), consequência principalmente da melhor performance de receita, além de ganhos de eficiência no controle de despesas.
A margem EBITDA atingiu 24,8% (+0,9 p.p. vs. 2T21). Por fim, o lucro líquido no trimestre foi de R$ 358,4 milhões (-25,0% a/a e +59,2% t/t), com o resultado anual pressionado pelo pior resultado financeiro.
Dito isso, a Blenndorf analisa os resultados da Rede D’Or como neutros no trimestre, com margens ainda pressionadas e o ticket médio ainda abaixo do normalizado.
Apesar de avaliarem a companhia como referência em um setor resiliente e com tendência estrutural de crescimento, analistas não enxergam grande margem de segurança que justifique um re-rating.
Eles mantêm recomendação neutra, com preço-alvo de análise fundamentalista em R$ 45,00 e stop em R$ 32,60 na análise técnica.
Para os comprados, a Blenndorf recomenda “surfar” o pull back atual, com controles de risco progressivos (atualmente recomendam um stop total na perda dos R$ 32,60). Para novas compras, eles se abstêm de um ponto exato enquanto aguardam por uma confirmação de reversão positiva e uma nova
tendência de alta.