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Ser (SEER3) pode saltar 460%, calcula XP; incertezas macroeconômicas e alavancagem estão no radar

A receita aumentou 13,0% ao ano, impulsionada pelos ajustes de tickets e pela aquisição da FAEL, mas ainda com números negativos de captação nos segmentos híbrido e digital

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A Ser (SEER3) registrou um prejuízo líquido de R$ 125,4 milhões no quarto trimestre de 2022, uma reversão ao lucro líquido de R$ 3,5 milhões em igual período de 2021, devido a maiores taxas de juros e um resultado de juros e swap de um empréstimo em moeda estrangeira.

A receita aumentou 13,0% ao ano, impulsionada pelos ajustes de tickets e pela aquisição da FAEL, mas ainda com números negativos de captação nos segmentos híbrido e digital, na avaliação de XP Investimentos.

A margem EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustada caiu 5,5 p.p. ao ano, devido a custos e despesas com pessoal e terceiros.

Os analistas Rafael Barros e Raphael Elage destacaram o descumprimento do covenant financeiro, dado que a alavancagem financeira foi de 2,68x – com o limite em 2,5x (de acordo com as escrituras de outras dívidas, a empresa deve ter até quatro trimestres para normalizar esta situação, pontuaram os analistas).

Entretanto, veem sinais de recuperação em todo o setor, mas a XP se diz cautelosa com a ação devido à incerteza macroeconômica e à alavancagem financeira da companhia.

A XP Investimentos reiterou sua recomendação de compra para os papéis, ao preço-alvo de R$ 18,20 – o que implica em um potencial de valorização de 460% sobre a cotação atual (R$ 3,30).

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