A Ser (SEER3) registrou um prejuízo líquido de R$ 125,4 milhões no quarto trimestre de 2022, uma reversão ao lucro líquido de R$ 3,5 milhões em igual período de 2021, devido a maiores taxas de juros e um resultado de juros e swap de um empréstimo em moeda estrangeira.
A receita aumentou 13,0% ao ano, impulsionada pelos ajustes de tickets e pela aquisição da FAEL, mas ainda com números negativos de captação nos segmentos híbrido e digital, na avaliação de XP Investimentos.
A margem EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustada caiu 5,5 p.p. ao ano, devido a custos e despesas com pessoal e terceiros.
Os analistas Rafael Barros e Raphael Elage destacaram o descumprimento do covenant financeiro, dado que a alavancagem financeira foi de 2,68x – com o limite em 2,5x (de acordo com as escrituras de outras dívidas, a empresa deve ter até quatro trimestres para normalizar esta situação, pontuaram os analistas).
Entretanto, veem sinais de recuperação em todo o setor, mas a XP se diz cautelosa com a ação devido à incerteza macroeconômica e à alavancagem financeira da companhia.
A XP Investimentos reiterou sua recomendação de compra para os papéis, ao preço-alvo de R$ 18,20 – o que implica em um potencial de valorização de 460% sobre a cotação atual (R$ 3,30).