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Totvs (TOTS3): o que a joint venture pode agregar para a companhia, segundo o Itaú BBA

Analistas pontuam que a maioria dos investidores não incorporam atualmente potencial no valor da empresa, o que torna esta uma oportunidade interessante

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O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) aprovou a criação de uma joint venture (JV) entre a Totvs (TOTS3) e o Itaú (ITUB4): uma techfin. Para ao Itaú BBA, a Totvs possui em mãos uma vertical relativamente nova que pode ser transformada para os seus negócios.

Analistas valorizaram conservadoramente a oportunidade em aproximadamente R$ 3,5 bilhões, ou 20% do mercado aderido pela companhia. Eles pontuam que a maioria dos investidores não incorporam atualmente potencial no valor da empresa, o que torna esta uma oportunidade interessante.

Na avaliação deles, embora serviços financeiros, como gerenciamento de caixa, possam ser oportunidades, a maior delas de longe seria o crédito SMB. Nesse sentido, a Totvs parece muito bem posicionada, pois:

i) atinge toda a economia;

ii) pode entregar uma solução amigável, com uma melhor experiência para o cliente vs. ir a agências físicas ou ligar para o banco; e

iii) pode gerar dados massivos para motores de crédito (particularmente sobre fluxos de caixa de clientes).

Por outro lado, veem dois riscos principais para a joint venture:

i) comoditização de garantias

Empréstimos SMB através de um mercado potencial para recebíveis (ainda a ser visto); e

ii) uma arquitetura de software ineficiente, potencialmente dificultadora da integração de pilhas mais baixas (como bancos de dados), o que, por sua vez, poderia diminuir os casos de uso para os lotes de dados existentes.

Eles reiteram o rating outperform na Totvs (TOTS3), com preço-alvo de R$ 35,00 (YE23).

Embora reconheçam que o estoque não seja barato, em cerca 25x P/E 23 (vs. MSFT em 21x, que combina a uma taxa real ligeiramente menor para um
período de três anos), veem uma boa qualidade.
 

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