Dívidas da empresa dos potinhos

Tupperware pode solicitar falência: empresa enfrenta dívida milionária

Icônica empresa de potinhos plásticos, Tupperware, enfrenta uma crise financeira, com uma possível falência e dívidas que ultrapassam US$ 700 milhões

Reprodução: Cristiane Gercina/Folhapress

A famosa empresa de potes plásticos Tupperware está se preparando para solicitar falência ainda esta semana, segundo informações divulgadas pela Bloomberg News na segunda-feira (16).  

Dificuldades da varejista 

A suposta falência acompanha diversas tentativas da empresa para se adaptar ao cenário econômico, com até a mudança de liderança em 2022.  A notícia provocou uma queda de 57,51% no valor das ações da empresa, que foram negociadas a US$ 0,51 nos Estados Unidos.  

Dívidas da Tupperware 

De acordo com a Bloomberg, a Tupperware está atualmente em negociações prolongadas com seus credores para lidar com mais de US$ 700 milhões – aproximadamente R$ 3,8 bilhões em dívidas.  

Embora os credores tenham acordado em dar algum alívio nos termos do empréstimo este ano, a empresa não conseguiu reverter sua situação financeira. 

Ainda segundo a Bloomberg, os planos da empresa não estão finalizados e podem ser alterados. Além disso, em junho de 2024, a responsável pelos icônicos recipientes plásticos anunciou que fecharia sua última fábrica nos Estados Unidos até janeiro do ano que vem.  

A Tupperware ainda não fez comentários oficiais sobre a situação, e não respondeu imediatamente às solicitações de comentários feitas pela Reuters. 

Sucesso dos potinhos da Tupperware 

O químico Earl Tupper fundou a empresa em 1946, mas Tupperware ficou famosa na década de 1950, quando as mulheres da geração dos Estados pós-guerra realizavam festas em suas casas para promover e vender seus produtos.  

Essa estratégia ajudou muitas delas a buscar empoderamento e independência financeira. A empresa chegou a ter 300 mil vendedores independentes até 2022 em vários países, inclusive no Brasil.  

A demanda pelos recipientes da Tupperware começou a cair com a reabertura das economias e o retorno gradual à normalidade após a pandemia do COVID-19.  

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