Na quarta-feira (16), o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) aprovou a elevação da participação da Cosan (CSAN3) na Vale (VALE3) em 1,60%, de 4,90% para 6,50%.
Para a Genial Investimentos, do ponto de vista de resultados para o curto prazo em termo de equivalência patrimonial para a companhia de energia, existe o entendimento de que a participação anterior de 4,9% já traria um ganho de valorização do ativo.
A corretora elencou três fatores principais levaram a Cosan a escolher investir na Vale:
(i) exposição favorável ao dólar,
(ii) ativo que possui vantagens competitivas, através de uma qualidade superior de minério em relação aos pares e
(iii) possibilidade de escolher um nome para o conselho da companhia.
Entretanto, os analistas Igor Guedes e Ygor Araújo não acreditam que o acréscimo traga grandes benefícios nesse sentido no curto prazo, mediante a um cenário ainda incerto sobre a mercado imobiliário chinês.
Eles pontuam a flexibilidade na rígida política do país asiático no combate à Covid-19, dizem até que a medida não surpreende, mas ainda preferem adotar um tom mais neutro para o setor de mineração como um todo.
A Genial Investimentos prefere aguardar os próximos movimentos da mineradora e da dinâmica das commodities ferrosas para reavaliar o preço-alvo da Vale (VALE3), cuja recomendação permanece para manutenção, com expectativa de que alcance o patamar de R$ 90,00 – o que implicaria em um potencial de valorização de 9,17%.
Por fim, ponderam não ter visto muitas mudanças acontecerem entre a data de divulgação do resultado do terceiro trimestre e a data de ontem, uma vez que já esperavam que o governo chinês proporcionasse a liberação gradual das restrições.
Veem atualmente um upside mais estreito para a Vale, com um encurtamento da diferença vista em modelo de valuation para a mineradora e a dinâmica de preços no mercado devido ao noticiário econômico, que manteve um otimismo maior pela retomada gradual das atividades no gigante asiático.