Análise

Vibra (VBBR3): negócio com Comerc traz preocupações e ações reagem negativamente; entenda

XP Investimentos destaca implicações para os dividendos e a alavancagem da companhia após a consolidação da transação

Vibra (VBBR3): negócio com Comerc traz preocupações e ações reagem negativamente; entenda

A Vibra (VBBR3) anunciou a compra da participação remanescente de 50% na Comerc por R$ 3,52 bilhões, com fechamento previsto para o primeiro trimestre de 2025. Esta aquisição, que adianta o prazo original de 2026-2028, visa integrar totalmente a Comerc como subsidiária integral da Vibra.

Em reação a esse anúncio, as ações VBBR3 operam em queda nesta quinta-feira (22). Por volta das 10:15, os papéis caíam 4,05%, cotados a R$ 25,03.

A XP Investimentos já espera que as ações possam seguir em uma reação marginalmente negativa até o final do pregão. Isso porque, a casa destaca que o mercado monitora as implicações para os dividendos e a alavancagem da Vibra após a consolidação.

O acordo é estratégico, permitindo à Vibra desbloquear sinergias, como eficiências de custo e monetização de ativos fiscais.

No entanto, o valor do negócio é considerado controverso. “O preço de aquisição resulta em um valor patrimonial de R$ 7,1 bilhões para a Comerc, comparado ao valor de R$ 9,24 bilhões em 2021. A transação tem implicações mistas, com múltiplos EV/EBITDA de 14x para 2023 e 10x para 2025”, destaca a XP.

A Comerc, uma plataforma de energia com geração renovável e comercialização de energia, enfrenta desafios financeiros, com prejuízos líquidos esperados para 2024 e 2025. Dessa forma, a XP aposta que a aquisição elevará a alavancagem da Vibra, embora a desalavancagem seja esperada no futuro.

Apesar disso, condições importantes foram incluídas para garantir a estabilidade da Comerc, como a nomeação de Clarissa Sadock como CEO e pacotes de retenção para funcionários-chave.

Sair da versão mobile