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Vibra (VBBR3) pode disparar quase 100%, diz Itaú BBA

Analistas elogiam e pontuam melhorias para estratégia de hedge da distribuidora, que foi impactado pela dinâmica dos preços domésticos no quarto trimestre

Divulgação: Vibra Energia - Divulgação: Vibra Energia
Divulgação: Vibra Energia - Divulgação: Vibra Energia

Desde que a Vibra (VBBR3) divulgou seus resultados do quarto trimestre de 2022 no dia 21 de março, os resultados de seu hedge de importação de diesel
tem estado entre os principais temas discutidos pelos investidores, escreveram os analistas do Itaú BBA.

Em relatório, foi apontado que a dinâmica dos preços domésticos afetou os resultados de hedge da distribuidora.

As importações de combustível são operações de longo prazo que aumentam a exposição dos distribuidores à volatilidade dos preços das commodities. Os custos de importação são geralmente fixados em torno de quinze e vinte dias após a transação, enquanto os preços de venda continuam a flutuar com
o preço interno atual.

Em um mercado em baixa, as distribuidoras de combustíveis estão expostas a perdas e foram bloqueadas em preços de compra que são mais elevados do que os preços de mercado prevalecentes.

Um programa de hedge eficaz vai proteger as margens operacionais de distribuidores, além de ajudar a mitigar quaisquer mudanças de preços entre o momento em que o preço for definido para a carga e o momento de sua efetiva venda, avalia o Itaú BBA.

Para isso, faz-se com que os custos de importação flutuem junto com preços internacionais no período, o que protege os resultados das importações em caso de queda dos preços internacionais (e, conseqüentemente, dos preços de venda no mercado interno).

Nesse sentido, o Itaú BBA diz acreditar que a melhor forma de avaliar a eficácia da estratégia da Vibra, para navegar em um ano desafiador e volátil como o passado, seria considerar a expansão real ano a ano dos indicadores de margem EBITDA e ROIC, uma vez que combinam o efeito de todas as peças da estratégia da empresa, inclusive o hedge de commodities.

Analistas dizem acreditar que atualmente trata-se de um momento de possíveis mudanças significativas no segmento downstream no Brasil. Estas são susceptíveis de diminuir a complexidade do sector e contribuir com menos volatilidade e resultados de curto prazo mais claros para empresas de distribuição de combustíveis nos próximos trimestres, alegaram os analistas.

O Itaú BBA reforçou sua visão construtiva para os papéis VBBR3, sobre a capacidade do setor de navegar por diferentes cenários de incerteza política e volatilidade do mercado internacional, além de reiterar a recomendação outperform para as ações.

Analistas projetam um upside de 93,0% sobre a cotação atual.

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