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ADRs da Didi caem mais de 5% com novo aumento de vigilância pela China

O país asiático removeu mais 25 aplicativos da empresa das lojas de apps locais

Por Dhirendra Tripathi, do Investing.com – Os ADRs da Didi Global (NYSE:DIDI) apresentavam queda de 6,4% por volta das 15h03 (horário de Brasília) de segunda-feira, com o alerta da empresa de que sua receita seria afetada pela ordem da Administração do Ciberespaço da China de remover mais 25 aplicativos seus das lojas de apps locais.

"A empresa antecipa que a remoção dos aplicativos possa ter um impacto negativo sobre as suas receitas na China", afirmou hoje uma nota da empresa.

A CAC ordenou a retirada dos aplicativos na sexta-feira, alegando que eles coletam dados pessoais ilegalmente.

A série de estreias de companhias chinesas em bolsas dos EUA levantou as preocupações das autoridades do país asiático, devido ao fato que as grandes companhias da internet possuem vasta quantidade de dados sobre seus usuários. Ao serem listadas nos EUA, elas são obrigadas a divulgar dados cruciais para os reguladores americanos.   

Os aplicativos alvo da repressão de sexta-feira incluem o aplicativo da Didi para que motoristas aceitem corridas pela plataforma, um aplicativo para usuários corporativos e um aplicativo de financiamento. No dia 4 de julho, a CAC ordenou que lojas de apps como Alipay e WeChat removessem o principal aplicativo da Didi na China.

As autoridades do país também deram outros passos durante o fim de semana que indicam uma vida mais difícil para a empresa de mobilidade nos próximos dias.

No sábado, foi proposta uma revisão de cibersegurança para empresas com dados de mais de 1 milhão de usuários antes de buscarem ser listadas em mercados estrangeiros, segundo várias matérias.

O Conselho de Estado da China planeja uma vigilância mais restrita a todas as listagens no exterior. A consequência destes movimentos foi imediata. As empresas chinesas perderam bilhões de dólares em valor de mercado, deixando muitos investidores americanos mais pobres. Também forçou outras empresas chineses aspirantes a procurar outros meios de listagem.

Segundo um artigo do WSJ, a Bytedance, dona do TikTok, colocou seus planos para uma listagem pública nos EUA em espera, devido à supervisão mais rigorosa.

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