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Analistas mantêm cautela com Cielo mesmo após 4T surpreendente

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Por Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com – O resultado operacional e o lucro líquido da Cielo (SA:CIEL3) ficaram acima das expectativas do mercado após vários trimestres fracos, mas o aumento da competitividade no setor ainda mantém as dúvidas sobre o papel, escreveram analistas de quatro casas de investimentos nesta quarta-feira (27), após a divulgação do balanço da companhia.

Ontem, após o fechamento do mercado, a maior empresa de meios de pagamentos do país abriu a temporada de balanços de empresas que fazem parte do Ibovespa reportando lucro líquido de R$ 298,2 milhõesentre outubro e dezembro, aumento de 34,7% sobre um ano antes.

Em termos consolidados, que consideram resultados de outros acionistas, o lucro foi de R$ 362,8 milhões, alta anual de 26,5%. Foi a primeira alta trimestral do lucro da companhia no comparativo anual em dois anos.

A XP Investimentos manteve a recomendação neutra para o papel, com preço-alvo de R$ 5, citando que os custos seguem controlados e que os volumes de vendas seguem se recuperando, mas que empresa permanece ameaçada tanto pelo cenário competitivo quanto pela disrupção regulatória.

Já o BTG Pactual (SA:BPAC11) também manteve a recomendação neutra, com cautela pela reestruturação acionária da companhia, citando notícias de que o Banco do Brasil (SA:BBAS3) poderia vender a participação para o Bradesco (SA:BBDC4).

Os analistas do banco de investimentos projetavam lucro líquido de R$ 789 milhões para 2021, mas consideram agora de R$ 800 milhões a R$ 1 bilhão após os resultados do quarto trimestre.

Já para o Goldman Sachs, que ainda tem recomendação de venda, o destaque da temporada foi melhor controle de custos. Para o banco, os riscos de alta incluem a parceria com o WhatsApp, uma maior fatia de mercado com oferta de mais serviços e um melhor mix de produtos e potencial valor da Cateno, a empresa de gestão de pagamentos da companhia.

Perto das 13h00, os papéis da Cielo subiam 9%, a R$ 4,00 com alta acumulada de 14% no mês e queda de 42% no ano.

Com informações da Reuters

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