Caso GameStop

Atuação para influenciar o comportamento de investidores pode ser crime, diz CVM

- William Iven via Unsplash
- William Iven via Unsplash

Investing.com – Em nota publicada nesta sexta-feira (29), a CVM informa que a atuação irregular em redes sociais para influenciar o comportamento de investidores pode caracterizar infrações administrativas e penais.

O artigo se refere ao squeeze, prática em que um ou mais investidores provocam artificialmente a alta do preço de ativos, causando prejuízos a terceiros ou garantindo benefícios indevidos para si ou outros.

O tema ganhou atenção especial nesta semana, após uma ação coordenada por investidores de varejo dos Estados Unidos ter culminado em um short squeeze da GameStop (NYSE:GME), levando prejuízos milionários a fundos de hedge vendidos na ação. O short squeeze é um rápido aumento no preço de uma ação por conta, principalmente, de fatores técnicos, com o objetivo de levar investidores com posições vendidas a terem que comprar os papéis de uma companhia.

Os investidores com posição vendida, ou vendidos a descoberto, operam alugando as ações de outro investidor que não quer se desfazer da posição comprada. Eles então colocam o papel alugado à venda no mercado, na aposta de que o ativo irá cair no curto prazo. Se isso se concretizar, o emprestador consegue comprar a ação de volta a um preço mais barato, paga o empréstimo com a diferença e ainda obtém lucro.

No Brasil, o efeito se repetiu com as ações do IRB Brasil (SA:IRBR3) após a criação de um grupo no Telegram para organizar um short squeeze forçado. A companhia afirmou não ter nenhum envolvimento no movimento.

A comissão informou ainda que tem monitorado os movimentos no mercado e os grupos nas redes sociais.

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