Análise econômica

BNY Mellon: BC só sobe juros em março com câmbio acima de R$ 5,50

- Agência Brasil
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Por Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com – O Banco Central brasileiro deve evitar uma postura hawkish, ou agressiva, em relação à taxa Selic na reunião de março se a taxa de câmbio ficar abaixo dos R$ 5,50, o que seria 10% acima da previsão da pesquisa Focus para o final do ano, de R$ 5, disseram os analistas do BNY Mellon em relatório.

No documento desta terça-feira (2), o banco americano aponta que o BC pode não subir a Selic com o dólar abaixo de R$ 5,40, mas elevaria 25 pontos-base caso a taxa fique entre R$ 5,40 e R$ 5,75, e 50 pontos se ultrapassar os R$ 5,75.

Segundo os analistas, as chances de uma alta da taxa básica de juros para 2,5% no próximo mês subiram para 63%, ante 36% no mês anterior, apesar de “apenas uma mudança muito gradual de viés” por parte do BC.

O banco aponta que o Brasil tem desafios fiscais e monetários e que a principal incerteza permanece em torno do conteúdo de qualquer eventual reforma administrativa. Essa reforma será crítica para impulsionar um eventual segundo mandato do presidente Jair Bolsonaro, escrevem.

O relatório aponta ainda que as ações brasileiras têm sido procuradas por investidores que saem dos mercados de economias avançadas para os mercados emergentes e que, embora o ministro da Economia, Paulo Guedes, tenha prometido privatizações, o índice Ibovespa estagnou devido à falta de avanços significativos desde a aprovação da Reforma da Previdência em 2019.

Isso pode mudar, escrevem, se os novos líderes parlamentar optarem por colocar em votação a reforma administrativa nos próximos meses.

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