Por Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com – A operação proposta pela Suno Asset, de separar as operações da brMalls (SA:BRML3) para alocar os imóveis em fundos de investimento, não seria o melhor caminho para criar valor aos atuais acionistas da companhia, disse a administradora de shoppings em comunicado ao mercado desta segunda-feira (22).
O documento responde à carta enviada pela gestora de investimentos ao Conselho de Administração da companhia na última semana, que relatava intenção de proposta de mudança na estrutura de administração, visando fundos de investimento que ficariam, por sugestão, sob gestão da própria Suno Asset.
A brMalls apontou, em resposta, acreditar no mercado de fundos imobiliários como um complemento à estratégia principal, com “larga experiência na criação de valor via fundos imobiliários nos últimos 10 anos”.
Eles citam operações com gestoras “de primeira linha, tais como Vinci Partners, HSI – Hemisfério Sul Investimentos, Brasil Plural (SA:BPFF11), BTG Pactual (SA:BPAC11), Hedge Investimentos”, envolvendo 17 participações em shoppings do portfólio.
Também, apontam não verem a proposta como melhor caminho para criar valor aos atuais acionistas por conta do expressivo Imposto de Renda sobre ganho de capital e Impostos de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) decorrentes da transferência de titularidade, além das restrições de alavancagem trazidas pela regulamentação aos fundos imobiliários, que “trariam impactos custosos para tratamento das dívidas existentes da companhia, bem como limitações para sua estrutura de alavancagem futura”.
A administração cita, ainda, que a base acionária da empresa é composta, em sua grande maioria, por investidores que não se beneficiariam da isenção de impostos sobre dividendos, e que perderiam liquidez, dado que o volume de negociação das ações da empresa “é substancialmente – mais de 30x – superior ao volume de negociação médio dos principais Fundos Imobiliários de Shopping Center”.
Ontem, as ações da brMalls foram negociadas a R$ 9,52, com alta acumulada de 6,25% nos últimos trinta dias e de 6,49% nas últimas 52 semanas.