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Azul (AZUL4): números do 4° trimestre são 'positivos', mas XP destaca desafios e mantém recomendação neutra

Cenário macroeconômico desafiador, com a alta volatilidade cambial e custos operacionais imprevisíveis pesaram na analise da casa

Azul
Imagem: Reprodução/Azul Linhas Aéreas Brasileiras

As ações da Azul (AZUL4) operam em disparada nesta segunda-feira (24), dia em que a companhia informou seu balanço financeiro referente ao quarto trimestre de 2024. Por volta das 11:00, os papéis subiam 4,96% a R$ 3,81.

Segundo a XP Investimentos, os resultados financeiros da empresa foram positivos e mostraram uma forte demanda no período.

No entanto, devido a um cenário macroeconômico desafiador, com a alta volatilidade cambial e custos operacionais imprevisíveis, a casa reiterou sua recomendação Neutra para as ações da Azul.

Isso porque, a XP destaca que a empresa continua a mostrar resiliência no aumento da demanda e eficiência operacional, mas a potencial diluição no futuro, devido ao cenário macro, mantém as perspectivas cautelosas.

Os números da Azul no 4° trimestre

No EBITDA (lucro antes juros e amortizações) ajustado, a Azul registrou um total de R$ 1.951 milhões, um crescimento de 33% em relação ao ano anterior.

Esse desempenho ficou dentro das expectativas do mercado e alinhado com o guidance da companhia de R$ 6 bilhões para 2024.

Apesar disso, a XP destaca que o destaque positivo mesmo veio do RASK (Receita por Assento Quilômetro Disponível), que apresentou uma leve queda de 1% em comparação ao ano passado, mas foi compensado pela forte performance em outros indicadores, como a taxa de ocupação, que subiu 4,2 pontos percentuais, atingindo 84,2%.

O crescimento de 10% nas outras receitas, impulsionado pela operação de carga, também foi um fator importante para o bom desempenho da companhia.

“A Azul se beneficiou da redução nos preços de combustível (-17% A/A) e da transição para aeronaves mais modernas e eficientes, que resultaram em uma significativa economia de combustível e maior eficiência operacional”, destaca a casa.

A companhia também obteve ganhos em termos de CASK Ex-Fuel, com medidas de corte de custos e aumento na utilização das aeronaves, o que impulsionou a produtividade.

Com um forte EBITDA de R$ 1.951 milhões e uma margem operacional que aumentou 6 pontos percentuais, alcançando 35,2%, a Azul manteve sua trajetória de crescimento.

No entanto, a alavancagem aumentou para 4,9x dívida líquida/EBITDA, frente aos 4,4x do trimestre anterior, refletindo o impacto da depreciação cambial.

De acordo com a XP, esse aumento pode ser mitigado pela já anunciada renegociação com arrendadores e credores, que deve ser finalizada em breve.

Apesar disso, a empresa demonstrou resiliência com um aumento na liquidez, atingindo 15,7% de caixa sobre a receita líquida, frente a 13,1% no trimestre anterior.

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