A Cosan (CSAN3) confirmou nesta quinta-feira (16), a venda de sua participação de 4,05% na mineradora Vale (VALE3) por aproximadamente R$ 10 bilhões.
Segundo a companhia, esse movimento faz parte da estratégia para otimizar sua estrutura de capital e reduzir a alavancagem financeira.
“A decisão da companhia se baseou exclusivamente no objetivo de otimizar sua estrutura de capital”, informou a Cosan (CSAN3), que vendeu 173.073.795 ações da mineradora.
Após o anúncio, as ações da Cosan subiam 2,90%, enquanto os papéis da Vale avançavam 0,2%, por volta das 12:05.
De acordo com o BTG Pactual, essa transação traz um alívio anual de R$ 1,30 bilhão em despesas com juros para a holding, mas resulta em uma perda de cerca de R$ 900 milhões anuais em dividendos da Vale.
O ganho líquido estimado foi de R$ 400 milhões por ano, o que, embora não elimine completamente o déficit de R$ 900 milhões em juros e despesas da holding, representa um avanço significativo.
“Essa venda foi um sinal de que a empresa reconhece a urgência de lidar com sua estrutura de capital”, avalia o BTG Pactual.
O banco de investimentos recomenda a COMPRA das ações da Cosan, com preço-alvo de R$ 23,00, o que implica em um potencial de valorização de 158,4%.
Nesse sentido, o Goldman Sachs também vê a movimentação como positiva, ainda que sem surpresas.
No entanto, o banco norte-americano mantém recomendação neutra para a Cosan, com preço-alvo de R$ 25,30 (com um potencial de alta de 185,2%).
Para a Vale (VALE3), que enfrenta desafios como o acordo da Samarco e mudanças recentes na liderança, o impacto da venda foi considerado neutro, mas pode ajudar a reduzir o excesso de oferta no mercado.
A mineradora segue com recomendação de compra pelo Goldman Sachs, com preço-alvo de R$ 95,11, com um potencial de valorização de 80,82%.