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Dexco (DXCO3): Há ventos favoráveis à frente, indica BTG

A forte demanda por painéis impulsionou aumentos de preços da companhia de 7-10% recentemente

Dexco (DXCO3): Há ventos favoráveis à frente, indica BTG
Crédito: Site Dexco

Após trimestres de crise para a Dexco (DXCO3), ventos favoráveis podem estar se aproximando da companhia, segundo o BTG Pactual.

O banco afirmou que a empresa enfrentou vários desafios devido à fraca demanda e problemas significativos em sua unidade Deca, que levaram a um EBITDA negativo para a unidade (meados de 2023 e uma série de mudanças na gestão).

O BTG acredita que agora a companhia tem fatores macroeconômicos a favor. A forte demanda por painéis impulsionou aumentos de preços da companhia de 7-10% recentemente.

Além disso, os analistas Leonardo Correa e Marcelo Arazi afirmaram que a recuperação da Deca está bem encaminhada, com as margens de EBITDA subindo acima de 10%.

“Acreditamos que a empresa está entrando em um ciclo de revisão para cima dos lucros e vemos as ações sendo negociadas a níveis de avaliação decentes — cerca de 6x EBITDA para 2025. Embora a Dexco esteja atualmente operando com altos índices de alavancagem, e o ambiente de taxas de juros em alta apresente um desafio, acreditamos que a força da receita pode compensar o aumento das despesas financeiras no futuro”, escreveram.

Dexco se destaca no segmento de madeira

A divisão de madeira da Dexco continua gerando a maior parte do EBITDA da empresa (64% para 2024), embora em níveis mais moderados de rentabilidade e remessas em comparação com os picos durante a pandemia, segundo o BTG Pactual.

O banco explica que a dinâmica de mercado melhorou recentemente, com a demanda por painéis aumentando 20% ano a ano no primeiro semestre de 2024 (de acordo com a Indústria Brasileira de Árvores), reduzindo a necessidade de vendas de madeira em pé.

Os analistas também pontuam que a concorrência enfraqueceu, já que players não integrados enfrentaram uma inflação florestal significativa nos últimos trimestres, especialmente após movimentos de consolidação, como a aquisição dos ativos florestais da Arauco no Paraná pela Klabin (KLBN11).

“Como um player integrado, a Dexco está bem posicionada para se beneficiar do ambiente em melhoria, mantendo uma base de custos estável. O aumento da demanda, juntamente com custos mais altos, levou as empresas a aumentarem os preços no terceiro trimestre, uma tendência que se espera continuar no quarto trimestre”, explicam.

O banco recomenda compra na ação, com preço-alvo de R$ 10,50 em doze meses. Nesta terça-feira (1º), os papéis DXCO3 subiam 1,05%, a R$ 8,64, por volta de 12:18 (horário de Brasília).

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