O BTG Pactual (BPAC11) realizou uma visita estratégica a Porto (PSSA3) com investidores locais. As discussões abordaram diversos aspectos cruciais para a empresa, a começar pelos impactos das recentes enchentes no Rio Grande do Sul.
Analistas do banco de investimentos reiteraram a recomendação de compra para os papéis, com preço-alvo de R$ 35,00.
A administração da holding compartilhou a estimativa de que essas calamidades tenham um custo adicional de R$ 60 milhões a R$ 80 milhões para a companhia no segundo trimestre, embora haja uma diminuição no número de sinistros nas últimas semanas, o que pode aliviar parte desse impacto financeiro.
No setor de seguros, particularmente no segmento automotivo, Porto Seguro e seus concorrentes têm ajustado os prêmios de seguro em resposta às condições do mercado, apesar de uma desaceleração nas vendas de veículos.
A empresa declarou observar de perto os desenvolvimentos relacionados aos carros elétricos e mudanças na depreciação de veículos, fatores que podem influenciar significativamente suas operações futuras nesse segmento.
A vertical de saúde emergiu como um ponto forte durante as discussões, e destacou-se como um motor de crescimento robusto para a Porto.
Com um foco intenso na expansão da base de clientes e no controle rigoroso de fraudes, a empresa afirmou estar otimista quanto às perspectivas de lucro líquido, apesar dos desafios sazonais e do aumento de sinistros, especialmente em São Paulo (SP).
No Porto Banco, a estratégia se concentra na diversificação dos produtos financeiros, com um foco particular nos chamados “produtos de acumulação”.
O lançamento iminente da conta digital para o público em geral promete aumentar as receitas flutuantes da empresa, e representar uma nova oportunidade de crescimento e inovação no setor bancário.
A vertical de serviços, embora ainda esteja em estágios iniciais de desenvolvimento, mostrou resultados promissores, de acordo com a administração.
A Porto explora oportunidades de expansão tanto no mercado B2C quanto no B2B2C, com planos de registrar suas operações na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para facilitar futuras captações de dívida e, possivelmente, um IPO (sigla em inglês para oferta pública de ações inicial).
A empresa visa aproveitar seu ecossistema interno para maximizar o potencial de crescimento nesse setor.
Para o ano de 2024, a Porto projeta um lucro líquido de R$ 2,5 bilhões, em reflexo a uma estratégia robusta de diversificação e crescimento sustentável.
A empresa continua confiante na capacidade de manter um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) superior a 20%, e, assim, sustentar sua posição como líder no mercado brasileiro de seguros e serviços financeiros.