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Santander (SANB11): BTG Pactual mantém recomendação neutra após balanço

As metas estabelecidas pelo CEO Mario Leão, que visam aumentar a rentabilidade dos clientes, a receita de taxas e o financiamento de varejo, têm contribuído de maneira positiva, e reduzem a cíclica do banco, de acordo com o BTG Pactual

Santander Brasil - Amanda Perobelli, para a REUTERS
Santander Brasil - Amanda Perobelli, para a REUTERS

Na manhã desta terça-feira (29), o Santander (SANB11) deu início à temporada de resultados do setor bancário no país, e revelou os números do terceiro trimestre de 2024.

O lucro líquido ajustado alcançou a marca de R$ 3,66 bilhões, em um impressionante retorno sobre patrimônio líquido (ROE) de 16,30%.

Este desempenho representa um crescimento de 10% em comparação ao trimestre anterior e um expressivo aumento de 34% em relação ao mesmo período do ano passado. E

sses resultados superaram as expectativas do mercado, 1% acima de previsões do BTG Pactual (BPAC11) e 5% acima das estimativas gerais.

O que diz o BTG Pactual (BPAC11) sobre o Santander (SANB11)?

De acordo com o BTG Pactual, os resultados do Santander (SANB11) foram muito próximos das nossas estimativas em várias métricas.

O total de receitas líquidas de juros (NII) ficou ligeiramente abaixo do esperado, mas essa diferença foi compensada por provisões para perdas em empréstimos que foram melhores do que o previsto.

Assim, o lucro antes de impostos (EBT) se alinhou exatamente com as expectativas do banco de investimentos, em um aumento de 10% em relação ao trimestre anterior e de 64% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Em geral, o banco de investimentos adotou uma postura conservadora em suas projeções, que resulta em uma posição de investidores leve no lado comprador, em comparação ao trimestre anterior.

Existem algumas ressalvas a serem consideradas, diz o BTG Pactual. São elas:

  • – o aumento nos lucros decorrente da venda de carteiras; e
  • – a desaceleração no crescimento do crédito, provocada pela deterioração nos spreads e no cenário competitivo.

O crescimento dos empréstimos experimentou uma redução de 0,50% em relação ao trimestre anterior, embora tenha apresentado um aumento de 7,0% em comparação ao ano anterior, segundo informações do banco.

Essa diminuição foi atribuída a uma abordagem mais disciplinada, focada na rentabilidade em um contexto macroeconômico desafiador.

O portfólio de empréstimos de atacado encolheu 7,0% em relação ao trimestre anterior, devido à maior competição no mercado.

Paralelamente, a carteira de crédito consignado também apresentou uma queda de 0,2% em relação ao trimestre anterior, impactada por uma rentabilidade pressionada, devido ao teto nas taxas de juros e à diminuição de oportunidades para aquisições lucrativas de carteiras.

Perspectivas de crescimento

Em suma, analistas continuam a observar os resultados de Santander (SANB11) numa tendência de melhora.

As metas estabelecidas pelo CEO Mario Leão, que visam aumentar a rentabilidade dos clientes, a receita de taxas e o financiamento de varejo, têm contribuído de maneira positiva, e reduzem a cíclica do banco, de acordo com o BTG Pactual.

No entanto, a deterioração do ambiente macroeconômico e a pressão sobre os spreads nos mercados de crédito de atacado e consignado sinalizam potenciais desafios para o crescimento no próximo trimestre, o que pode atrasar a recuperação total dos ROEs.

Embora não considerem as ações de Santander (SANB11) excessivamente caras, cotadas a 1,2 vezes o último valor patrimonial por ação, especialmente quando levamos em conta seu desempenho recente inferior ao esperado em comparação ao Bradesco (BBDC4) — que está negociado a 1x o valor patrimonial, mas com ROEs consideravelmente mais baixos e maior pressão de crescimento — analistas do BTG Pactual mantêm uma posição neutra em relação ao ativo.

Neste cenário, o Itaú (ITUB4) continua como a principal escolha do BTG Pactual entre os bancos brasileiros.

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