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Vale (VALE3): o que esperar do balanço do 3º trimestre?

A receita líquida consolidada está agora projetada em US$ 9,70 bilhões, um aumento de 2,50% em relação à estimativa anterior

- Divulgação
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Após a divulgação do relatório de produção e vendas da Vale (VALE3) em meados de outubro, a equipe de análise da Genial Investimentos fez ajustes nas estimativas para o terceiro trimestre de 2024.

Essas alterações foram principalmente impulsionadas pelo bom desempenho da divisão de pelotas.

A divisão de finos de minério de ferro, que compreende cerca de 65,00% da receita total, apresentou um crescimento mínimo em relação às premissas que usávamos para o trimestre”, escreveram os analistas.

A nova projeção de receita líquida para esta divisão foi de US$ 6,2 bilhões, o que seria um aumento de 1,30% em comparação à estimativa anterior.

A receita líquida consolidada está agora projetada em US$ 9,70 bilhões, um aumento de 2,50% em relação à estimativa anterior, embora isso represente uma queda de 3,00% em relação ao trimestre anterior e de 8,40% em relação ao ano passado.

O custo C1 por tonelada permanece em US$ 21,10, uma desaceleração sequencial significativa, em parte devido ao aumento na produção própria.

O EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado está projetado em US$ 3,70 bilhões, com um incremento de 2,10% em relação à estimativa anterior, embora ainda represente quedas de 17,70% em comparação ao trimestre anterior e de 11,2% em relação ao ano passado.

Apesar dos indicadores operacionais terem superado as expectativas, com volumes robustos de produção em finos de minério de ferro e pelotas, a Genial Investimentos ainda prevê um trimestre fraco.

Analistas enfatizam que o desempenho operacional recente não alterou significativamente as projeções.

“Acreditamos que o consenso do mercado deve seguir uma trajetória semelhante à nossa, com ajustes modestos nas estimativas anteriores, em aumentos apenas marginais nas linhas de receita líquida, EBITDA e lucro líquido.”

Cenário para o desembolso da indenização de Vale (VALE3) por desastres ambientais

As condições do acordo podem ser menos rigorosas do que inicialmente previsto, especialmente no que diz respeito ao prazo de desembolso da indenização.

O cenário-base de Genial Investimentos prevê 12 anos (solicitados pela AGU/MPF) em comparação aos 20 anos pleiteados pela Vale e BHP.

O valor total de indenizações ainda a pagar foi estimado em cerca de R$ 100 bilhões (aproximadamente US$ 18 bilhões), com R$ 30 bilhões (cerca de US$ 5,30 bilhões) em obrigações de caráter reparatório.

Somados aos R$ 37,0 bilhões já desembolsados pela Vale e BHP, o valor terminal do acordo poderia alcançar cerca de R$ 167,0 bilhões (aproximadamente US$ 30 bilhões).

Perspectivas finais

A Genial Investimentos compreende que a eliminação dos overhangs, combinada com a perspectiva de recuperação parcial dos preços do minério de ferro, pode desbloquear valor para as ações da Vale.

Essa recuperação está, no curto prazo, atrelada à especulação, especialmente relacionada a estímulos fiscais na China.

A plataforma reiterou sua recomendação de COMPRA para as ações da Vale, fundamentada por um preço-alvo de doze meses para VALE3-B3 de R$ 78,50 e US$ 14,00 para as ADRs na NYSE.

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