Lavagem de dinheiro

Alemanha fecha 47 exchanges de criptomoedas em combate contra crimes cibernéticos

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O governo da Alemanha aumentou a ofensiva contra crimes relacionados ao uso de criptomoedas ao fechar 47 exchanges acusadas de fomentar uma “economia subterrânea”.  

Essas plataformas estariam permitindo que cibercriminosos lavassem dinheiro e ocultassem a origem de fundos obtidos ilegalmente.

As acusações foram feitas pela polícia criminal da Alemanha, o principal escritório do procurador de Frankfurt e a agência nacional de combate ao cibercrime em um comunicado divulgado na quinta-feira (19).  

Segundo as autoridades, usuários dessas exchanges incluíam operadores de ransomware e botnets. Eles utilizavam essas plataformas para converter dinheiro ilícito em moedas convencionais, tornando os lucros do crime cibernético mais difíceis de rastrear.  

Entre as exchanges envolvidas, a Xchange.cash, que operava desde 2012, foi uma das maiores, facilitando cerca de 1,3 milhão de transações para aproximadamente 410 mil usuários. Outras plataformas, como 60cek.org, Baksman.com e Prostocash.com, também foram alvo das apreensões. 

No momento, os sites dessas exchanges exibem uma mensagem clara do governo alemão, afirmando que seus servidores foram apreendidos, incluindo transações, registros de usuários e endereços IP.  

O aviso conclui com uma mensagem direta: “Nossa busca por vestígios começa. Até logo.”  

Apesar disso, as autoridades alemãs admitiram que uma acusação em massa seria difícil, uma vez que muitos dos responsáveis residem em países onde a aplicação da lei é mais flexível ou onde esses cibercriminosos são protegidos. 

“Como os cibercriminosos muitas vezes residem no exterior e são tolerados ou até protegidos por alguns países, eles frequentemente permanecem inacessíveis para a aplicação da lei alemã,” completaram as autoridades. 

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