Mesmo com o preço do Bitcoin atingindo novos recordes, Michael Saylor, presidente executivo da MicroStrategy, comparou o ativo digital aos imóveis de Manhattan. Em entrevista à CNBC nesta segunda-feira (16), ele sugeriu que o BTC continua sendo um investimento atrativo, mesmo “no topo”.
Defesa do Bitcoin
“Continuaremos comprando o topo para sempre”, afirmou Saylor, referenciando à estratégia de longo prazo da empresa.
Ele acrescentou que o comportamento do mercado de Bitcoin lembra o dos imóveis de Manhattan.
“Toda vez que o valor dos imóveis em Manhattan sobe, eles emitem mais dívidas para desenvolver mais deles. É por isso que os prédios são tão altos na cidade de Nova York. Isso acontece há 350 anos. Eu chamaria isso de economia”, relacionou Saylor.
Para acompanhar mais sobre a estratégia da companhia acesse ao MyCryptoChannel
Compras de BTC pela MicroStrategy
No domingo (15), a MicroStrategy anunciou a compra de mais 15.350 Bitcoins, elevando suas participações para 439.000 BTC, avaliados em cerca de US$ 46 bilhões.
Essa aquisição segue a estratégia da empresa de acumular o ativo desde 2020, utilizando um modelo de financiamento baseado em dívidas e notas conversíveis.
Assim, a estratégia permite à MicroStrategy expandir suas reservas de Bitcoin, alavancando dívidas para aumentar o valor dos acionistas, com um retorno estimado de 72,4% para 2024.
Inclusão no Nasdaq-100
Além das recentes aquisições de Bitcoin, a MicroStrategy foi incluída no índice Nasdaq-100.
A listagem adiciona a companhia ao popular ETF Invesco QQQ Trust, o que pode atrair maior interesse de investidores institucionais.
Com uma ponderação de 0,47% no índice, a MicroStrategy se tornou a 40ª maior participação do Nasdaq-100.
Preço do Bitcoin
Na terça-feira (17), o preço do Bitcoin ultrapassou levemente a marca de US$ 107 mil, impulsionando ainda mais o otimismo no mercado. Porém, nesta quarta-feira (18), o BTC é negociado a US$ 104 mil com desvalorização de 2,75% nas últimas 24 horas.
As ações da MicroStrategy, por outro lado, fecharam a segunda-feira com alta de 5%, atingindo US$ 408,50.
Entretanto, no fechamento de terça-feira, os papéis recuaram para US$ 394,38, uma queda de 3,46% no dia.