Impacto

Crise hídrica: racionamento de energia pode impactar empresas do setor

Segundo analista, CESP (SA:CESP6), Aes Brasil (SA:AESB3), Engie (SA:EGIE3) e Eletrobras (SA:ELET3) são as companhias que mais poderiam sofrer

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Por Ana Julia Mezzadri, do Investing.com – Devido ao baixo volume de chuvas, o Governo publicou, nesta sexta-feira (28), um alerta de emergência hídrica para o período de junho a setembro nos estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.

A medida serve para poupar a água dos reservatórios de hidrelétricas para garantir, entre outras coisas, a navegação em rios e água potável para a população.

Outra medida adotada foi um monitoramento, pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), de todas as usinas térmicas instaladas e em operação, com o objetivo de entender quais seriam os reservatórios para evitar riscos de apagão e racionamento de energia.

A crise hídrica traz como consequência preocupações acerca das empresas de energia elétrica, sobretudo se, em vez da adoção de medidas como adição de termelétricas, importação de energia ou aplicação de medidas tarifárias, o setor opte pelo racionamento de energia.

De acordo com veículos de mídia, no entanto, o governo estaria preparando leilões extras para termelétricas.

Na visão de Ilan Arbetman, analista de research da Ativa Investimentos, “a adoção de medidas restritivas ao consumo de energia elétrica, que poderia resultar até mesmo na adoção de um racionamento, afetaria de forma mais intensa as ações de geradoras, sobretudo aquelas com preponderância de geração hidrelétrica”.

Entre estas, Arbetman cita CESP (SA:CESP6), Aes Brasil (SA:AESB3), Engie (SA:EGIE3) e Eletrobras (SA:ELET3) como as companhias que mais poderiam sofrer. 

Já no grupo de distribuidoras de energia, aquelas que têm suas receitas mais dependentes de geração, como Copel (SA:CPLE6), Energias do Brasil (SA:ENBR3) e CPFL (SA:CPFE3), também podem ser duramente afetadas, segundo o analista. As que dependem menos da geração, como Equatorial (SA:EQTL3), Energisa (SA:ENGI11), Cemig (SA:CMIG4) e Light (SA:LIGT3), também devem ser impactadas, mas de forma mais leve.

Os menores impactos, no entanto, devem ser percebidos pelas companhias de transmissão, como Taesa (SA:TAEE4) e Isa Cteep (SA:TRPL4), finaliza o analista.

As consequências, no entanto, podem até mesmo ir mais longe, causando “revisões baixistas quanto à capacidade de produção e geração de valor de outros setores, atingindo as correntes expectativas quanto à capacidade de produção de riqueza nacional”, diz Arbetman.

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