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CSN deve seguir com foco em desalavancagem; Goldman Sachs recomenda Compra

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Por Ana Julia Mezzadri, da Investing.com – Após conversa com o CFO da CSN (SA:CSNA3) Marcelo Ribeiro, em que o executivo reforçou o foco da companhia em reduzir a alavancagem, o Goldman Sachs manteve sua recomendação de Compra para a ação, com preço-alvo de R$ 35.

Por volta das 17h30, o papel tinha baixa de 2,8%, a R$ 33,03 — na mesma direção do Ibovespa, que perdia 0,56%, aos 116.726 pontos. Desde a abertura, a ação registrou máxima de R$ 34,86 e mínima de R$ 32,96, com R$ 302,24 milhões em volume negociado.

Em linhas gerais, o relatório do Goldman desta segunda-feira (25) relata que a gestão da CSN está otimista com os setores de construção e infraestrutura no Brasil nos próximos anos, o que deve continuar a impulsionar a demanda por aço e cimento.

Sobre o mercado de cimento, a companhia estima que a demanda brasileira tenha aumentado em cerca de 11% em 2020, devido principalmente à força do setor de construção civil, impulsionado pelo auxílio emergencial. Para 2021, a expectativa da empresa é de alta de 4% na demanda. Ainda em cimentos, a utilização da capacidade deve atingir mais de 80% em 2025.

Ribeiro apontou ainda a possibilidade de novos aumentos de preço em 2021, o que deve elevar as margens. Ao longo de 2020, os aumentos de preço praticados pela empresa impulsionaram a receita e a margem — a expectativa da CSN para o resultado do quarto trimestre é de margem Ebitda de 45% na divisão de cimentos.

A companhia comentou ainda que um IPO do negócio de cimentos é possível. Para além disso, a previsão da empresa é de triplicar a atual produção de cimento, seja de forma orgânica ou inorgânica. 

Na divisão de aço, foi implementado um aumento de preço de 15% ainda em janeiro, e outro, de 5%, será implementado em fevereiro. A gestão informou ainda que espera expandir a produção de sua linha de aços longos.

A empresa compartilhou ainda sua visão positiva para o negócio de mineração, puxada pelos preços elevados do minério de ferro. Além disso, declarou que está trabalhando para começar o processo de IPO do negócio nas próximas semanas.

Em relação à desalavancagem, ponto destacado pelo GS, a companhia acredita que a forte geração de caixa que deve vir do minério de ferro, combinado a um possível IPO do braço de mineração, pode fazer com que a dívida líquida da CSN chegue a menos de R$ 15 bilhões e a dívida líquida/Ebitda a menos de 1,5x até o fim de 2021.

Os principais riscos para a tese de investimento, segundo o Goldman, são preços mais baixos para minério de ferro e aço, que impactariam negativamente o lucro; vendas menores de aço e cimento, que diminuiriam receita e lucro; interrupções nas operações, que poderiam atrapalhar o processo de aumento de capacidade de mineração; e um fortalecimento do real, que seria traduzido em receita mais baixa para mineração e aço.

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