Por Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com – Os fundos imobiliários (FII's) estão apresentando uma recuperação lenta e desigual, o que abre uma possibilidade de entrada e valorização dos papéis mais afetados, segundo a Teva Indices analisa em relatório exclusivo ao Investing.com.
Os de tijolos, com lajes corporativas e shopping, foram os que mais sofreram, mas os de papel foram os mais resilientes, especialmente os relacionados ao segmento de logística, que captou bem o avanço do e-commerce durante a redução de mobilidade por causa da pandemia.
De acordo com cálculos da Teva Índices, o Índice de FIIS de Papel acumulou em 2020 uma performance de -0,91%, contra -10,34% de rentabilidade do índice de FIIs Amplo. O índice de FIIs de Tijolos teve um retorno negativo em -14%.
Com o aumento no número de casos de coronavírus no começo de 2021, os fundos de maneira geral não conseguiram apresentar uma recuperação. Ainda assim, a alta na inflação e na taxa de juros fez com que os dividend yields dos fundos no primeiro semestre de 2021 superassem os resultados de 2020, mas sem chegar ao mesmo patamar de dois anos antes.
A única exceção são os fundos de papel, que apresentaram um retorno de 3,97% nos primeiros seis meses do ano. Esses fundos, assim como os de lajes corporativas e de logística, também distribuíram dividendos proporcionalmente iguais ou maiores do que em 2019.
A expectativa da Teva é que a diminuição das restrições de mobilidade e a retomada da economia ajudem na recuperação do setor de shoppings, que está com um desconto de 76% no índice em relação a máxima histórica, usando como base o preço do fechamento do dia 30 de agosto.