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Investir nos Treasuries dos EUA vale a pena? Confira quais são as vantagens e desvantagens

Os títulos de dívidas dos EUA se destacam entre os investimentos que fornecem renda em dólar, mas possuem pontos que precisam de atenção

Treasuries EUA
Reprodução

Investidores brasileiros que buscam diversificar suas carteiras com ativos internacionais enxergam nos Treasuries americanos, títulos de dívida emitidos pelo governo dos Estados Unidos, uma oportunidade segura e atrativa. Os títulos são amplamente reconhecidos como os investimentos mais seguros do mundo, graças à solidez econômica dos EUA.

Nesse sentido, confira a seguir tudo sobre essa alternativa de investimento:

O que são Treasuries?

Os Treasuries são títulos de dívida usados para financiar operações do governo americano e podem ser adquiridos por investidores em todo o mundo. 

Eles estão divididos em categorias conforme o prazo de vencimento e o objetivo de cada título:

  • Treasury Bills (T-Bills): Títulos de curto prazo, com vencimentos entre 4 e 52 semanas, adquiridos com desconto e sem pagamentos de juros periódicos.
  • Treasury Notes (T-Notes): De médio prazo, vencem entre 2 e 10 anos e pagam juros semestrais.
  • Treasury Bonds (T-Bonds): Com prazos de 20 a 30 anos, também pagam juros semestrais.
  • Treasury Inflation-Protected Securities (TIPS): Atrelados à inflação, protegem o valor investido contra a alta dos preços e têm prazos de 5, 10 e 30 anos.

Por que investir em Treasuries?

Os Treasuries são um porto seguro em tempos de incerteza econômica global, ideais para diversificação e preservação de capital. 

Além disso, oferecem proteção contra inflação no caso dos TIPS e exposição ao dólar, o que pode beneficiar investidores em países com moedas mais voláteis, como o Brasil.

Como investir em Treasuries dos EUA?

Existem duas formas principais de investir nos títulos do Tesouro americano:

Por meio de corretoras internacionais: Corretoras como Avenue e XP Investimentos oferecem acesso direto aos Treasuries. É necessário abrir uma conta internacional e transferir recursos em dólares. O investimento mínimo geralmente começa em US$ 1.000.

Por fundos ou ETFs: Investidores que preferem simplicidade podem optar por fundos de investimento ou ETFs disponíveis no Brasil, que investem em Treasuries. Essa abordagem permite aportes menores e facilita a gestão tributária.

Cuidado com os custos e impostos

Embora os Treasuries sejam acessíveis, os custos e a tributação devem ser considerados:

  • Taxas: Corretoras podem cobrar por transações e manutenção de conta.
  • Tributação: Os rendimentos dos Treasuries são tributados nos EUA e podem ser sujeitos a imposto de renda no Brasil. A alíquota varia conforme a legislação vigente e o tipo de título adquirido.
  • Risco cambial: Como os investimentos são denominados em dólares, oscilações na taxa de câmbio podem impactar os retornos finais.

Passo a passo para investir

O primeiro passo é escolher a corretora. Pesquise plataformas que oferecem acesso ao mercado americano.

O passo seguinte é a transferência de recursos: converta e envie dólares para a conta escolhida.

Depois faça a seleção do título: avalie seus objetivos financeiros e escolha entre T-Bills, T-Notes, T-Bonds ou TIPS.

Por fim, realize a aquisição pelo sistema da corretora.

Vantagens e desvantagens

Os Treasuries dos EUA oferecem uma série de vantagens que os tornam atrativos para investidores. A principal delas é a segurança, já que são emitidos pelo governo dos Estados Unidos, considerado um dos emissores mais confiáveis do mundo. 

Além disso, os títulos possuem alta liquidez, permitindo que o investidor os negocie facilmente no mercado secundário. 

Outra vantagem significativa é a proteção cambial, já que o investimento é em dólar, uma moeda forte e amplamente utilizada no comércio global. 

Há ainda a possibilidade de investir em títulos atrelados à inflação, como os TIPS, que ajudam a preservar o poder de compra do capital.

Por outro lado, deve se levar em conta algumas desvantagens. Os retornos dos Treasuries, embora seguros, tendem a ter moderação em comparação a investimentos mais arriscados, como ações ou títulos de dívida corporativa. 

Além disso, taxas de corretagem e outros custos operacionais podem impactar os ganhos líquidos, especialmente para investidores que optam por corretoras internacionais. Há também a questão tributária, com os rendimentos sujeitos a impostos tanto nos EUA quanto no Brasil, dependendo do tipo de título e da legislação vigente. 

Finalmente, o risco cambial é uma preocupação, pois variações na taxa de câmbio podem influenciar os rendimentos finais, especialmente para investidores que precisam converter os ganhos de volta para reais.

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