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Ouro Preto terá fundos de investimento no exterior

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Ao longo de 2021, a Ouro Preto Investimentos vai colocar em prática diversos projetos para oferecer a investidores de diferentes perfis opções para a diversificação das suas carteiras. Entre as novidades previstas para este ano está o lançamento de um fundo de investimento no exterior, visando atender ao crescente interesse dos brasileiros em adquirir ativos listados em mercados mais estáveis, como os Estados Unidos, ou de alto desempenho, como a China.

Os números da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) comprovam esse interesse. Em dezembro de 2020, o patrimônio líquido dos fundos que têm o seu rendimento atrelado exclusivamente a ativos no exterior (como multimercados, ações ou investimentos em outros fundos) atingiu R$ 7,3 bilhões.

O valor é quase o triplo do alcançado em 2019, R$ 2,5 bilhões. Mesmo considerando apenas a captação (subtraindo do montante o valor que eles renderam durante o ano), a cifra alcançada no ano passado ainda é robusta: R$ 4,2 bilhões.

Mas como funcionam os investimentos fora do Brasil? E por que há tanto interesse do mercado nesse tipo de aplicação? Confira a seguir!

Por que os fundos de investimento no exterior atraem os investidores?

O diferencial dos fundos de investimento no exterior é que todos os ativos podem ser negociados fora do Brasil e a sua valorização baseada em outra moeda (Dólar, Euro, Libra, Iene etc). Diferentes fatores estão atraindo os brasileiros para esse mercado, entre eles, a possibilidade de diversificar sua carteira com ativos de diferentes países e setores. Há, ainda, a vantagem de se ter acesso a papéis de empresas não listadas na bolsa de valores brasileiras, a B3. Você já pensou, por exemplo, em ser sócio do Google ou do Airbnb?

Ao alocar os recursos globalmente, o objetivo dos gestores desses fundos é utilizar perfis de diferentes economias, mercados e moedas para buscar ganhos reais sobre as aplicações ou – dependendo do perfil do fundo – gerar uma boa rentabilidade média em longo prazo ou até proteger o patrimônio contra crises da economia brasileira.

Existem três principais tipos de fundos de investimento no exterior, de acordo com os ativos em que alocam seus recursos:

Renda fixa – Tem a sua taxa de rentabilidade definida já na contratação, como títulos do tesouro de países com economias fortes ou emergentes de baixo risco;

Renda variável – São as ações ou investimentos em outros fundos de renda variável internacionais. Nesse modelo também existem os ETFs (Exchange Traded Funds), que rendem a partir da performance de índices de referência. Assim como existem ETFs em índices brasileiros, como o Ibovespa, também há modelos com indicadores do mundo inteiro, desde que sejam reconhecidos pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM);

Câmbio – Este modelo de fundos negocia moedas de diferentes países buscando o ganho a partir da valorização de uma contra a outra. É o mais volátil e imprevisível dos três e, por isso, oferece os maiores riscos.

E pequenos investidores, podem aproveitar?

Como é regra no mercado financeiro, as possibilidades de ganho são proporcionais aos riscos, que nesse tipo de fundo podem ser grandes. Por isso, até hoje a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), por meio da instrução 555, não permite ao “varejo” – investidores com pouco capital – acessar fundos com 100% de capital investido no exterior, com o objetivo de protegê-los de grandes perdas, ficando a opção restrita para investidores qualificados, com capital acima de R$ 1 milhão, ou profissionais – acima de R$ 10 milhões.

No entanto, esse cenário pode mudar em 2021. Em dezembro passado, a CVM anunciou uma audiência pública para facilitar o acesso de pequenos investidores aos fundos de investimento internacionais, entre outras opções de aplicação até então restritas a esse público. A liberação é defendida pelo mercado, mas não há prazo para uma decisão final.

Outra opção para quem não tem tanto capital para investir e quer diversificar com investimentos no exterior é aplicar nos BDR, os Brazilian Depositary Receipts. São certificados de ações emitidas em outros países e negociadas na bolsa de valores (B3). Com eles, é possível aplicar em empresas gigantes mundialmente, como Apple e Amazon, por exemplo, entre outras opções. Quer saber mais sobre BDRs? Leia neste texto!

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