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Petróleo tem retomada; avanço da produção dos EUA visto como limitado

Às 13h29 (horário de Brasília), o petróleo WTI, negociado em Nova York, subia 0,77%

- Zbynek Burival via Unsplash
- Zbynek Burival via Unsplash

Por Peter Nurse, do Investing.com – Os preços do petróleo tinham avanços sexta-feira, com uma retomada na sequência de uma perspectiva mais fraca após a reunião do Federal Reserve, depois de um relatório sugerir que o fornecimento dos EUA este ano seria limitado.

Às 13h29 (horário de Brasília), o petróleo WTI, negociado em Nova York, subia 0,77% para US$ 71,59 por barril, enquanto o Brent apresentava alta de 0,51% para US$ 73,45. Na quarta-feira, o Brent fechou ao seu preço mais alto desde abril de 2019, enquanto o WTI encerrou o pregão em sua máxima desde outubro de 2018.

Os futuros da gasolina RBOB dos EUA apresentavam avanço de 0,77%, a US$ 2,1506 por galão.

Mais cedo na sexta-feira, os diretores da OPEP receberam informações indicando que o crescimento da produção de petróleo dos EUA provavelmente continuará limitado em 2021, apesar do aumento dos preços, informou a Reuters, citando fontes da OPEP.

A produção de petróleo de shale dos EUA geralmente responde rapidamente aos sinais de preços, entretanto, os produtores americanos ainda estão se concentrando na disciplina de capital e nos retornos dos investidores em vez de expandirem a oferta, segundo foi informada a OPEP.

Esta disciplina pode não durar muito, já que a expectativa é que os produtores de shale norte-americanos aumentem a produção entre 500.000 e 1,3 milhão de barris adicionais por dia em 2022, mas, por enquanto, o cartel deve ser capaz de gerenciar o mercado no curto prazo.

Esta notícia ajudou na retomada do mercado depois da fragilidade na esteira da perspectiva radical adotada pelo Federal Reserve após sua reunião de dois dias nesta semana, que impulsionou o dólar.

Às 12h51, o índice do dólar, que monitora a moeda norte-americana em relação a uma cesta de seis outras moedas, era negociado em alta de 0,a% a 92,278, elevando-se a níveis inéditos desde meados de abril. O índice está no curso de um ganho semanal de 1,8%, seu maior desde setembro.

O dólar mais forte torna o petróleo, cotado na moeda norte-americana, mais caro em outras divisas, com potencial peso sobre a demanda. Os ganhos fortes do dólar também deram aos investidores uma desculpa para realizar ganhos dos contratos dos dois referenciais de petróleo bruto, ambos com alta de mais de 40% esse ano. 

Mais tarde na sexta-feira, os investidores estarão atentos à mais recente atualização semanal da Baker Hughes sobre o número de sondas de petróleo a fim de obter mais notícias sobre o fornecimento dos EUA, enquanto a CFTC irá divulgar seu relatório semanal de compromissos dos investidores.

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