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Petróleo WTI fecha na máxima desde 2018 em meio à expectativa de retomada na demanda por gasolina

O petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência do petróleo nos EUA, fechou em alta de US$ 1,24, ou 1,8%, a US$ 72,12 por barril

- Zbynek Burival via Unsplash
- Zbynek Burival via Unsplash

Por Barani Krishnan, do Investing.com – Os preços do petróleo WTI, negociado em Nova York, fecharam em seu patamar mais alto desde 2018 na terça-feira, às vésperas da divulgação de dados do setor que os otimistas do mercado torcem para indicar um aumento razoável no consumo de gasolina na última semana, confirmando o furor de um rali impulsionado mais por expectativas que por números reais na demanda de combustível.

O petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência do petróleo nos EUA, fechou em alta de US$ 1,24, ou 1,8%, a US$ 72,12 por barril. Mais cedo, ele havia atingido uma máxima no pregão de US$ 72,28. Tanto essa máxima quanto o fechamento de terça-feira foram os mais altos desde outubro de 2018.

O Brent, referência global para o petróleo, fechou em alta de US$ 1,13, ou 1,6%, a US$ 73,99. Mais cedo, o Brent havia alcançado uma máxima no pregão de US$ 74,13, nível mais alto para um dia desde abril de 2019. 

Os preços do petróleo têm estado em ruptura recentemente, em meio a projeções de um dos maiores períodos de demanda por combustível para o verão do hemisfério norte nos Estados Unidos, à medida que o país avança com a reabertura total depois dos lockdowns contra a Covid-19.

A Agência Internacional de Energia, que representa os interesses dos consumidores de petróleo ocidentais, afirmou no seu relatório mensal que os produtores mundiais teriam de aumentar a produção a fim de satisfazer a demanda, prevista para recuperar os níveis pré-pandêmicos até o final de 2022.

Apesar do otimismo em relação à demanda mundial por petróleo, a retomada da gasolina nos EUA tem sido morna desde o dia 31 de maio, data do Memorial Day, que marca o início do período de pico no deslocamento de veículos durante o verão no maior país consumidor de petróleo do mundo. Isso aponta, na opinião de alguns especialistas, que provavelmente será preciso mais tempo para que a demanda de combustível dos Estados Unidos acelere.

O problema foi destacado em especial pelo Relatório do Estado do Petróleo da Administração de Informações de Energia dos EUA para a semana finda em 4 de junho, que mostrou um acúmulo de 7,05 milhões de barris nos estoques de gasolina em comparação às expectativas dos analistas de um aumento de apenas cerca de 1,2 milhão de barris.

O rali de terça-feira no WTI e no Brent aconteceu às vésperas da publicação pelo Instituto Americano do Petróleo (American Petroleum Institute, ou API) do relatório semanal sobre a relação oferta-demanda de petróleo dos EUA.

O relatório da API, com divulgação programada para 17:30, sai antes da atualização de quarta-feira do Relatório do Estado do Petróleo da EIA.

Segundo um consenso entre os analistas monitorados pelo Investing.com, os estoques brutos dos Estados Unidos provavelmente apresentaram queda de 3,3 milhões de barris na semana passada, contra uma redução de 5,2 milhões na semana anterior até 4 de junho.

Os estoques de gasolina provavelmente subiram em 614.000 barris, contra o aumento de 7,05 milhões na semana anterior, indica o consenso.

E as reservas de destilados, compostas de diesel e óleo para aquecimento, provavelmente apresentaram aumento de 186.000 barris na semana passada, depois de crescerem 4,4 milhões na semana anterior.

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