Na última semana, o Brasil apresentou uma saída líquida de US$ 3,6 milhões (cerca de R$ 20,5 milhões) em investimentos em produtos de criptomoedas, segundo o relatório semanal da gestora CoinShares.
Essa queda acontece em um momento em que o fluxo global de investimentos no setor apresentou um saldo positivo de US$ 901 milhões.
Investimentos em criptomoedas no Brasil e mundo
Enquanto o Brasil registrou saídas, países como Estados Unidos, Alemanha, Suíça e Austrália apresentaram fluxos positivos em seus produtos de investimento em criptomoedas.
As entradas líquidas desses países foram de US$ 906 milhões, US$ 14,7 milhões, US$ 9,2 milhões e US$ 300 mil, respectivamente.
Além do Brasil, Suécia, Canadá e Hong Kong também registraram quedas, com retiradas líquidas de US$ 12,7 milhões, US$ 10,1 milhões e US$ 2,7 milhões, respectivamente.
Resultado anual
Mesmo com a diminuição dos investimentos, outubro representou 12% de todos os aportes em fundos cripto realizados em 2024.
No acumulado do ano, os investimentos no setor já alcançaram US$ 27 bilhões, quase triplicando o recorde de 2021, que registrou um total de US$ 10,5 bilhões em entradas líquidas.
Apesar do recuo recente, o Brasil ocupa a sexta posição global em ativos sob gestão em produtos de criptomoedas, com um total de US$ 937 milhões aportados.
Bitcoin é destaque na semana
Ao observar o desempenho por criptomoedas, o Bitcoin (BTC) se destacou com uma entrada positiva de US$ 920 milhões durante a última semana.
Solana (SOL), cestas multiativos e Litecoin (LTC) também mostraram desempenhos positivos, com entradas líquidas de US$ 10,8 milhões, US$ 2,1 milhões e US$ 1,8 milhão, respectivamente.
Por outro lado, o Ethereum (ETH) sofreu uma pressão vendedora, com saída líquida de US$ 34,7 milhões, seguido pelo Short Bitcoin, que apresentou uma saída de US$ 1,3 milhão.
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Gestoras e produtos de criptomoedas
Grandes gestoras como ARK 21 Shares, Grayscale, ProShares ETFs, Bitwise ETFs e CoinShares XBT registraram saídas, totalizando US$ 206 milhões, US$ 62 milhões, US$ 71 milhões, US$ 15 milhões e US$ 14 milhões, respectivamente.
Em contrapartida, produtos como iShares ETFs da BlackRock e Fidelity ETFs apresentaram fortes entradas líquidas de US$ 1,16 bilhão e US$ 72 milhões, respectivamente.