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"Queremos soluções para a vida financeira das pessoas", diz diretor da fintech de crédito CashMe

Modalidade de empréstimo com garantia traz juros baixos e prazos longos para pagamento, opção atraente para quem precisa organizar as finanças

Escritório CashMe - Divulgação
Escritório CashMe - Divulgação

Por CashMe – Além do drama humano e sanitário, a Covid-19 também impactou gravemente a economia. Alta nos preços e desemprego recorde são dois dos efeitos mais marcantes sentidos pelas famílias, que embora tenham se esforçado para manter as contas nos trilhos, não conseguiram evitar o endividamento. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada no final de agosto pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 72% das famílias brasileiras estão endividadas. O levantamento também apontou que 21,1% estão com mais de 50% da sua renda mensal comprometida com dívidas. 
 
Esse cenário difícil fez aumentar a procura por empréstimos. Segundo o Serasa, a demanda por crédito aumentou 26% no primeiro semestre em relação a 2020. Em entrevista à Agência Brasil no final de julho, o economista Luiz Rabi, da Serasa Experian, atribuiu o crescimento à retomada econômica provocada pelo avanço da vacinação. “Esse aumento está ligado, principalmente, ao avanço da vacinação que, no atual cenário, melhora a confiança financeira dos consumidores”, afirmou o executivo na ocasião, que apontou a aquisição de bens e a renegociação de dívidas como principais razões para os pedidos de empréstimo. Porém, conseguir crédito está ficando cada vez mais caro.

Selic alta tornou mais caro emprestar

Para conter a inflação, o Banco Central, por meio do Copom (Comitê de Política Monetária) vem aumentando a taxa básica de juros (Selic) de forma contínua ao longo deste ano. Da mínima histórica de 2% ao ano em março, a taxa agora está em 6,25% ao ano e analistas de mercado ouvidos pelo Relatório Focus ( produzido também pelo BC) nesta segunda-feira (18) projetam uma escalada de mais dois pontos percentuais no índice até o final do ano, finalizando 2021 em 8,25% a.a.
 
Como a Selic é a taxa que baliza o custo do crédito no Brasil, desde o início do ano o custo dos empréstimos vem subindo. Atualmente, os cinco maiores bancos (responsáveis por 80% do crédito oferecido no Brasil em 2020, segundo o Banco Central) chegam a cobrar até 90% ao ano em juros para oferecer empréstimos para pessoas físicas. Ou seja: se você pegou R$ 1 mil emprestado em doze prestações, terá arcado com R$ 1.900 quando quitar a última parcela.
 
Para quem está tentando colocar a vida financeira nos trilhos, pagar tão caro em um empréstimo é uma barreira a mais. Para quem tem um imóvel, uma solução pode ser utilizar o bem como garantia para obter crédito mais barato e com prazo mais longo para quitação. Segundo Felipe Bergamaschi, diretor de Growth da CashMe, fintech do grupo Cyrela especializada nesse tipo de operação, a modalidade atende tanto ao público que está endividado e quer colocar as contas em ordem quanto quem quer realizar planos que eventualmente foram paralisados pela pandemia.

“Muitas pessoas e empresas tomaram crédito com grandes bancos, a taxas e prazos abusivos, e agora estão com dificuldades. O crédito com garantia é uma opção para reunir e quitar esses débitos, ficando com apenas um empréstimo para pagar, com taxas baixíssimas e longo prazo para pagar”, explica Felipe. Segundo ele, as taxas para emprestar com a CashMe partem de 0,85% ao mês (10,2% ao ano) para créditos acima de R$ 50 mil (valor mínimo). A taxa fixa é somada apenas à inflação no período, resultando em parcelas muito abaixo do que é praticado pelas instituições financeiras tradicionais.

“Nossos produtos atendem não só quem está em necessidade, nosso objetivo é oferecer crédito saudável e participar da vida financeira das pessoas para ajudá-las a realizar seus sonhos, que em muitos casos ficaram paralisados pela pandemia, como realizar o casamento, lua de mel, começar uma faculdade ou reformar a casa”, enumera o diretor.
 
No site oficial da CashMe é possível encontrar as diferentes opções de crédito, inclusive para quem está negativado e naturalmente tem mais dificuldade para conseguir um empréstimo. O processo para pedir é totalmente online. “No Brasil a pessoa fica com vergonha de pedir crédito e se sente constrangido com tantas comprovações. Esse é um cenário que estamos tentando mudar, com atendimento rápido e eficiente, utilizando a tecnologia e a nossa filosofia de sempre colocar o atendimento ao cliente no centro da operação como ferramentas para oferecer a melhor experiência, em acordo com as necessidades do tomador”, afirma Bergamaschi.

Empresas também podem se beneficiar

Por conta da Covid-19, mais de um terço das pequenas e médias empresas, especialmente bares e restaurantes, estão trabalhando com prejuízo. O levantamento foi feito em julho pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e mostra um pouco da situação dramática pela qual os pequenos e médios empresários estão passando. Mais da metade dos entrevistados pela pesquisa (54%) responderam estar devendo até contas básicas, como água e energia elétrica. Muitos deles recorreram às linhas de crédito oferecidas pelo governo no ano passado, como o Pronanpe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte).

Porém, a fonte secou: para este ano, estão previstos apenas R$ 5 bilhões em crédito pelo programa, muito abaixo dos R$ 37 bilhões disponibilizados no ano passado. Com isso, quem precisar de crédito para manter o capital de giro ou a folha de pagamento em ordem naturalmente teria que sentar à mesa do gerente do banco. E essa experiência, segundo os empresários, não é das melhores: uma pesquisa realizada em julho pelo Sebrae em parceria com a FGV (Fundação Getúlio Vargas) mostrou que mais de 80% dos microempresários consideram “altas” ou “moderadas” as burocracias para se obter crédito no Brasil. Esse é outro nicho para onde a CashMe levou o empréstimo com garantia de imóvel.

“Os empreendedores vêm passando por uma fase maluca agora. A gente sabe que muitos se apertaram e tiveram dificuldades com fluxo de caixa. Por isso oferecemos crédito com prazo longo, que ajudam a dar respiro para o empresário esperar a situação se normalizar”, afirma Felipe.

Crédito responsável

Com a demanda mais alta por empréstimo, naturalmente outro indicador também sobe: a inadimplência. Em linha com o conceito de crédito responsável, a CashMe tem como objetivo trazer solução para os problemas, em vez de criar outros para as pessoas.

“A gente sempre busca entender o motivo do crédito, até para ajudar o cliente a ver se está em linha com o valor que ele está tomando ou não. Hoje, a educação financeira está em todo lugar, nos blogs, imprensa e influenciadores, que produzem conteúdo diariamente. Nós também produzimos diversos conteúdos com esse fim, mas, mais do que isso, a nossa proposta é trazer uma solução de fato para as dificuldades financeiras do nosso cliente. Quando nos procura, ele já está decidido a tomar empréstimo e a nossa missão é fornecer um crédito bom, saudável e justo”, diz o diretor, que destaca a política diferenciada da fintech em relação ao risco de inadimplência.

“Em alguns casos nós falamos ‘não’ porque sabemos que é o melhor para o cliente naquele momento buscar tornar a sua vida financeira mais saudável antes de entrar no crédito. No início da pandemia, por exemplo, chegamos a oferecer um período de carência nas parcelas, para alguns clientes que realmente precisavam, ajudando a equilibrar as contas e não cair na inadimplência”, finaliza Felipe.

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