Para ficar de olho

Renda, gastos, sentimento do consumidor, balança comercial: 4 assuntos para observar na sexta-feira

Departamento de Comércio revisou crescimento do segundo trimestre para um pouco acima da medição anterior

- REUTERS/Andreas Gebert
- REUTERS/Andreas Gebert

Por Dhirendra Tripathi e Ana Julia Mezzadri, da Investing.com – As ações dos EUA encerraram setembro com um baque apesar de um acordo em Washington que evita uma parada do governo federal.

S&P 500 voltou a cair e quebrou uma sequência de sete meses de ganhos, com investidores preocupados com tudo, desde a inflação até o efeito duradouro da pandemia sobre o emprego e a confiança. 

Apesar disso, o Departamento de Comércio revisou o crescimento do segundo trimestre para um pouco acima da medição anterior. 

As taxas em alta abalaram o voo das ações de tecnologia, enquanto investidores as abandonam em favor das ações de crescimento. Segundo a Reuters, excluindo a Netflix (NASDAQ:NFLX) (SA:NFLX34), as ações FAANG, sensíveis às taxas, perderam um valor combinado de US$ 415 bilhões este mês. A Netflix avançou 8% no mês.

As varejistas, que enfrentam gargalos na cadeia de suprimentos, continuam a ser objeto de análise. O setor inteiro foi afetado não só por fechamentos em função da pandemia, mas por dificuldades em conseguir posicionar os produtos nas prateleiras e em armazéns.

As ações da Kohl's Corp (NYSE:KSS) (SA:K1SS34) despencaram 14% na quinta-feira depois que Lorena Hutchinson, analista do BofA, rebaixou a classificação da ação em dois níveis devido a problemas de cadeia de suprimento. Hutchinson salientou que as principais marcas ativas da varejista, como Nike (NYSE:NKE) (SA:NIKE34), Under Armour (NYSE:UAA) (SA:U1AI34) e Adidas (OTC:ADDYY) estão enfrentando problemas relacionados com a cadeia de fornecimento. Ela disse que o fluxo de produtos continua lento e advertiu os investidores para se prepararem para um segundo semestre difícil.

O Brasil seguiu a tendência externa e o Ibovespa fechou em baixa, encerrando o terceiro mês negativo consecutivo.

Aqui estão quatro coisas que podem afetar os mercados na próxima sexta-feira (1º):

1. Balança comercial

Em dia de agenda econômica reduzida no país, o mercado brasileiro estará de olho no resultado da balança comercial de setembro. A expectativa é que o saldo seja de US$ 4,5 bilhões, ante US$ 7,7 bilhões no mês anterior. Uma leitura acima do esperado tende a ser positiva para o real, que fechou na quinta o pior trimestre desde o início da pandemia.

2. Renda pessoal

Espera-se que a renda pessoal dos EUA tenha crescido em um ritmo mais lento em agosto comparado a julho. De acordo com as estimativas acompanhadas pelo Investing.com, deve-se observar um crescimento de 0,3% em agosto, em comparação com o aumento de 1,1% registrado no mês anterior.  

3. Gastos pessoais

O ritmo de crescimento dos gastos pessoais nos EUA deve ter acelerado para 0,6% em agosto, em relação aos 0,3% de julho. Os dois números saem às 09h30.

4. Sentimento do consumidor

O sentimento do consumidor nos EUA deve ter permanecido inalterado em setembro, próximo do menor nível em uma década. Os dados da Universidade de Michigan sobre o sentimento do consumidor serão divulgados na sexta-feira às 11h, e provavelmente irão cravar o número do índice em 71, o mesmo de agosto. 

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