quinta, 18 de abril de 2024
Trump

"Ninguém trapaceia mais que a China", diz Trump

12 novembro 2019 - 16h07Por Redação SpaceMoney

"Eu não sou presidente do mundo, eu sou presidente dos Estados Unidos". Foi assim que o presidente americano, Donald Trump, iniciou seu discurso no Clube Econômico de Nova York, na tarde desta terça-feira (12). No discurso, marcado por ataques ao banco central americano (Fed), Trump disse que "eles (o Fed) estão tentando conter o crescimento americano. Se nós tivéssemos um Fed que nos ajudasse, as bolsas estariam, pelo menos, 25% maior". O presidente americano acredita que se o Fed não tivesse cortado a taxa de juros, a economia estaria melhor. Trump também fez duras críticas à política comercial chinesa. "Ninguém trapaceia mais do que a China". E reiterou a palavra "trapacear" várias vezes. "Muitos países colocam tarifas alfandegárias muito altas para os EUA. E, na China, nós estamos trabalhando para uma reciprocidade de tarifas. Se eles cobrarem 100% nos nossos produtos, nós cobraremos 100% deles. Eles nos taxam, nós os taxaremos. Ou é muito injusto conosco. Nós não os taxamos em nada, e eles nos taxam para tudo", comentou o presidente americano. Trump também culpou presidentes anteriores pela falta de compromisso com os Estados Unidos. Segundo ele, as lideranças foram fracas e permitiram que outros países ficassem à frente nas relações alfandegárias. Ele chegou a comentar sobre uma situação em sua passagem pela China, em Beijing, em reunião com o presidente chinês, Xi Jingping, e membros do Partido Comunista Chinês (PCC). Na reunião, após um comentário sobre a guerra comercial, que gerou insatisfação entre os presentes, Trump disse: "mas isso não é só culpa de vocês, é culpa dos governantes americanos!" Além disso, o presidente americano falou sobre a polêmica com a empresa de telecomunicações chinesa, Xiaomi, que ele acusa de roubar tecnologia de empresas americanas e retirar as fábricas dos EUA, outro ponto reforçado pelo presidente. Segundo ele, os EUA só seriam grandes se tivessem grandes fábricas. "Para ser uma nação forte, nós temos que ser uma nação de manufaturados", teria dito o presidente.