Neste Dia das Mães, uma pesquisa realizada pela Acordo Certo, fintech de renegociação de dívidas do Grupo Boa Vista, apontou o comportamento financeiro das mães em relação aos filhos.
De acordo com o levantamento, embora 89% das entrevistadas já tenham conversado sobre a situação financeira em casa, 39% já se endividaram para comprar algo para os filhos e 64% deixaram de comprar alguma coisa que precisavam para satisfazer um desejo deles.
Para Bruna Allemann, educadora financeira da Acordo Certo, mesmo que muitas mães expliquem para o filho que não podem comprar, um grande percentual ainda age emocionalmente.
“É importante colocar na balança se o que o filho está pedindo é prioridade ou não em relação ao bem-estar financeiro da família inteira. Por mais que nós tenhamos filhos e queremos dar o melhor para eles, precisamos pensar no orçamento familiar como um todo antes de ceder”, afirma.
A pesquisa apontou também que 41% das entrevistadas já levou o filho ao supermercado e acabou gastando mais do que o planejado; 55% já comprou um alimento que o filho pediu mesmo sem ter dinheiro e 39% comprou presentes fora do orçamento.
Segundo a especialista em finanças, antes de qualquer coisa, é preciso educar financeiramente os filhos para lidar com dinheiro.
“Ensinar a moderação, dar mesada e estimular a poupança desde cedo ajuda a controlar os gastos da família e a formar adultos capazes de gerir sua vida financeira”, orienta Bruna.
“Em alguns casos, a solução pode ser deixar os filhos em casa, sempre que possível, para não gastar mais do que deveria durante as compras, além de estabelecer uma mesada para os gastos da criança – hábito praticado por apenas 16% das participantes”, complementa.
Na outra ponta, 91% das respondentes afirmam que antes de sair de casa junto com o filho, avisam que estão sem dinheiro.
Ainda em relação aos hábitos de compras e presentes, 72% das mães dizem não fazer todas as vontades do filho e uma parcela de 74% conseguem dizer “não” diante de um pedido. A negativa de compra também é importante para o controle de gastos, diz Allemann.
“As famílias estão mais conscientes de trazer a educação financeira também para os filhos, explicando o que eles podem ou não comprar naquele determinado momento. Não é necessário se endividar para comprar algo para o filho. Ao invés de comprar algum presente que te custe financeiramente, por que não se doar em relação ao tempo de qualidade, por exemplo?”, argumenta Bruna.
A pesquisa foi realizada de 24 a 30 de março de 2022, com 940 mulheres de todo o país. Dessas, 57% são chefes da família e 89% possuem filhos que moram juntos atualmente.
Com informações de Press FC.