Ibovespa

Ibovespa opera em queda com exterior cauteloso e expectativas de nova CPMF; dólar também cai

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O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, iniciou a sessão desta quinta-feira (19) em queda de 0,27%, com 114.004,99 pontos, atualizado às 10h28. Após bater recorde de máxima intradiária e de fechamento ontem (18), o mercado deve reagir à notícia de impeachment do presidente americano, Donald Trump, mas o índice deve ser mais afetado pelo noticiário doméstico, com a divulgação da prévia da inflação e projeção para o PIB.

Outro fato que afeta o índice acionário nesta manhã foi a perspectiva da volta de um imposto nos moldes da antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes. Segundo ele, existe a possibilidade de uma taxação sobre transações digitais, que pode incluir transferências e pagamentos feitos por aplicativos de bancos, por exemplo.

Dólar

Na mesma direção, o dólar comercial operou com queda de 0,293%, cotado a R$ 4,05, atualizado no mesmo horário. A moeda americana fechou ontem a R$4,06, valor mais baixo de encerramento desde o começo de novembro.

Confira as principais notícias para o dia:

Impeachment de Trump

A Câmara dos Deputados dos EUA votou, na noite de ontem (18), a favor da instauração de um processo de impeachment contra o presidente Donald Trump. A Casa, de maioria democrata, se baseou nas acusações de abuso de autoridade de Trump por espionar o filho do então pré-candidato à presidência da oposição, Joe Biden.

O texto segue agora para o Senado americano, de maioria republicana, e precisa da aprovação de dois terços para o presidente perder o cargo. Analistas de política especulam que o processo não será aprovado e fortalecerá ainda mais Trump, que tem a seu favor uma considerável popularidade e indicadores econômicos positivos.

Campos Neto em foco

O discurso otimista de Paulo Guedes animou os investidores no dia de ontem (18), que hoje estão esperando o discurso do presidente do Banco Central, Campos Neto, que deve esclarecer o tom de cautela dado pela última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Banco Central eleva estimativa do PIB

O Banco Central (BC) aumentou a projeção de crescimento para 2019 e 2020, segundo o relatório trimestral, divulgado hoje (19). A previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os produtos e serviços do país, passou para1,2% para 2019 e 2,2% para 2020.

A instituição destaca que a elevação da projeção se deve ao fato de os indicadores mostrarem um caminho de aquecimento da economia nacional, como foi divulgado ontem (18) pelo Índice de Preços Gerais – Mercado (IGP-M).

Sobre a taxa básica de juros, a Selic, a instituição afirmou que o ciclo é de otimismo, mas deve haver cautela na condução da política monetária a partir de agora.

Inflação

O BC também divulgou a prévia da inflação para o mês de dezembro, onde estima que o índice atingirá 0,81% em dezembro e 0,53% em janeiro de 2020. Caso se torne realidade, o indicador terá alta, para o trimestre, de 1,80%, acima da variação de 0,90% do mesmo período de 2018.

Essa alta pode ser explicada pelo aumento do preço da carne, dos reajustes das loterias e da bandeira vermelha para a tarifa da energia elétrica. Apesar disso, a inflação está abaixo do centro da meta de 4,5%, o que indica que está controlada.

Confiança na indústria

O Índice de Confiança na Indústria brasileira (ICI), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), cresceu três pontos em relação a novembro, atingindo o patamar de 99,3 pontos, o melhor desde julho de 2018, quando atingiu 99,5 pontos. Já o Índice de Expectativas também teve elevação de 2,3 pontos, saltando para 99,1 pontos.

Calendário da semana

Seguem os principais índices a serem liberados nesta semana:

Quinta-feira (19) – Prévia da sondagem da indústria da FGV e o Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central (4º trimestre).

Sexta-feira (20) – Divulgação da Sondagem do Consumidor (FGV), Sondagem da Construção (FGV), do Índice Nacional de Custo da Construção do Mercado (INCC-M), do IPCA (para o mês e para o ano), do déficit da conta corrente de novembro e do investimento direto no país.

Sem data ainda – Divulgação dos dados da arrecadação federal em novembro e do número de empregos formais para o mesmo mês.

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